sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Eu, meus brinquedos e minha Fé.

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Não gosto de falar sobre as minhas coisas, não com todo mundo, mas às vezes vou soltando tudo como uma criança carregando vários brinquedos. Alguns escapam. Sou mais ou menos um turbilhão de coisas todos os dias, tenho minhas vontades e desejos que são oprimidos e dolorosamente, bem guardados. Não sei mais o que fazer com eles, noutras eu penso comigo que é melhor solta-los mas, ai lembro que estou estudando para um dia ter uma carreira aliás sou apaixonada por ela mesmo não tendo-a ainda, e tem meus amigos, minha família, a minha cama e a rua onde eu moro. Quero me ver livre em uma estrada qualquer dia desses, mas também quero viver em uma rotina confortável e aconchegante, daquelas que não tenho vontade de mudar. Por que na verdade sempre desejo isso. Quero sempre algo novo nos meus dias, quero o outro lado da cama preenchido por alguém especial, quero os amigos de sempre com história de ontem e hoje, quero a comida com a minha família mais um mesa para seis ou dez pessoas, quero ver meu irmão crescer e se formar, quero está lá quando ele começar a namorar e sofrer por amor, quero passear durante a noite com amigo e ver meus amigos se casando e tendo seus filhos, quero dizer, quero a prender a viver a minha vida sem todos os dias desejar outra.

Então, naqueles dias em que a vida pesa nos meus ombros, naqueles dias em que eu sei que estou acima do peso, sei que não estudei o tanto que deveria estudar para as provas e fico me cobrando, naqueles dias em eu me vejo menos atraente e minha autoestima some, meus amigos as vezes não me dão atenção e eu apenas quero ficar só sem família para fofocar, sem irmão para aporrinhar, sem trabalho com aquelas pessoas que não fazem parte do que eu realmente sou e muito menos com o que eu ainda vou ser... Então naqueles dias, que são esses os de ontem e de agora, eu penso que poderia ter mais FÉ não só em mim, mas em Deus, mesmo achando que às vezes Ele não me escuta quando peço um emprego melhor ou amor maior, mas eu sei que Ele me escuta e que estou sendo mau agradecida, eu sei, eu sei. E saber me dói, dói, pois não são todos os dias em que vejo a luz brilhar em cima da minha cabeça, não são todos os dias que eu enxergo as coisas boas que acontecem a todo o momento, pois não são todos os dias que são feitos de glória, de paz interna e muita paciência. Às vezes, com café tudo isso aparece, às vezes tudo isso com FÉ surge, às vezes tudo isso com amor de mãe ou um bom chope com a amiga da faculdade resolve, as vezes... Às vezes tudo fica fácil e eu volto pelo corredor e vou recolhendo os brinquedos que deixei cair no decorrer ai respiro fundo e digo para mim mesma que sou forte, tenho FÉ e vou carregar tudo sem deixar cair nada, nem a peteca, muito menos os meus sonhos.

domingo, 26 de agosto de 2012

Na tonalidade que você quiser.

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Você disse um talvez meio torto. Quase um sussurro.

Eu fingi que não entendi, disse um talvez e fui embora, o meu não foi torto, foi mais um talvez querendo não dizer.

E quando disse tudo já era tarde demais, quando contei tudo o que sentia seus sentimentos já haviam arrumado a mala e você arrumado tudo. E estavam chegando os ponteiros no número certo, na hora certa.

Então eu disse que podia ser, que tudo bem, até logo, até mais, vá com Deus.

Ai você bateu a porta, meu mundo desabou e eu cai no meu chão de lamentações e ali fiquei.

Tentei acordar várias vezes, tentei várias coisas, tentei abrir os olhos e pensar que estava na minha cama e aquilo era uma brincadeira de muito mau gosto. Mas toda vez que abria os olhos você não estava lá e eu estava no chão. Não era sonho não... Eu pensei, é tudo verdade então... Talvez. Talvez. Talvez.

 

Nada ficou no lugar
Eu quero quebrar essas xícaras
Eu vou enganar o diabo
Eu quero acordar sua família...

Eu vou escrever no seu muro
E violentar o seu rosto
Eu quero roubar no seu jogo
Eu já arranhei os seus discos.

Adriana Calcanhoto- Mentiras

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

B. Continua…

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O lado da cama revirado com o seu cheiro mais sua ausência, tudo que faz falta me faz lembrar você.

Ai às vezes você sorri e nada diz apenas me beija e noutras vezes somos amigos daqueles que não se arriscam a ficar.

Então numa noite qualquer você apaga luz e fala “vai mais pra lá” pra vê se cabe nós dois naquele sofá lá de casa, enquanto todo mundo dorme, enquanto a gente escuta Altas Horas. Pra depois esperar amanhecer e na minha cabeça tudo escurecer e eu perceber “será que tive mesmo você?”.

sábado, 11 de agosto de 2012

B.

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Ele me abraçou tão forte que quando me soltou o seu cheiro ficou em mim. Caminhamos pela rua vazia e coberta pelo frio daquela noite de sexta-feira. Conversamos sobre nossos dias e sobre algumas conquistas que ele fizera. Eu estava tão feliz por ele que parecia que estava feliz por algo meu, talvez estivesse, considerava ele como uma coisa ou um objeto, um livro que você compra e não quer mais parar de ler- meu, apenas meu- lá vou eu transformar você em capital, sairia muito caro para meu bolço doente. Enfim, quando chegamos em casa você devolveu a minha mochila e me deu mais um abraço forte, depois seu sorriso iluminou a rua e aqueceu meu coração naquela noite fria e quando ele me soltou o seu cheiro ficou em mim, mesmo depois quando já havia tomado banho e estava na minha cama ainda sentia o teu cheiro e também sentia saudade.

domingo, 5 de agosto de 2012

Não prometa

 

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Então eu prometi que iria ser forte

Deus, como eu prometi.

Antes eram tudo flores e muita alegria.

Mas eu prometi...

Estive pensando em você,

Enquanto dormia,

Enquanto me beijava,

Enquanto durou,

No dia que terminou,

No dia que começou,

Um filme passou, todo, completo, ácido e doce pela minha mente.

Enquanto o tempo passava,

Enquanto os dias iam,

Enquanto você se renova,

Enquanto alguém te aquecia,

Enquanto sabia o que era saudade,

O que você descobriu?

Como está agora?

Como está?

Enquanto eu estou longe, enquanto não estou mais nos seus braços, enquanto não estou...

Então, eu prometi que ia ser forte.

 

imagem do filme: Never let me go