segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Adaptar

As vezes pergunto-me se é possível acostumar a sofrer. Em muitos casos a felicidade é tanta que eu fico esperando algo dar errado.
Antes de você eu imaginava que um dia eu teria a chance de um grande amor, e ele seria verdadeiro e divertido ao mesmo tempo que seria intenso e eterno. Na minha cabeça já criei vários filmes e cenas inesquecíveis de nós dois e pela manhã, ensaiava a mesma frase no espelho " você acha mesmo que esse sonho pode se tornar realidade ? Claro que não !- um eu amargo e realista me respondia"
Hoje quando acordei encontrei você ao meu lado dormindo, eu me aproximo ainda mais de você e entre um beijo sussurro "bom dia meu amor", você sorri levemente e retribui meu beijo com mais um "bom dia meu amor" e nos abraçamos, suas mãos deslizam pelo meu corpo e eu te beijo cada vez mais e não me canso,na verdade, quero mais. 
Mesmo com tantas declarações e demonstrações de amor suas, a insegurança ou melhor, aquela eu amarga e realista sempre retorna com alguma inquietação, mas ela também está diferente, você fez uma reforma em nós duas e hoje ela vem com medo de te perder pra vida,  trás um medo de uma separação fútil e ligeira. E eu tento acalma-lá dizendo " se for pra ele nos trocar por outra que pelo menos traga felicidade a ele. Se for pra perdê-lo para morte, não vejo como aceitar..."  E então aquela eu amarga me respondeu " você o ama de verdade". Eu apenas sorri e senti que meu coração já não me pertencia...

sábado, 20 de julho de 2013

Porta secreta

 

 

Seus braços eram leves e me envolviam.

Seu hálito era doce e encantava os meus sentidos.

Prometi as minhas lembranças que jamais esqueceria aquele momento.

Seus braços ao me envolver diziam que aquela tarde seria eterna.

O por sol, o cheiro da grama, seu sorriso ao brincar com os meus cabelos.

Aquele momento que a gente guarda e sempre que as coisas apertam fechamos os olhos e voltamos para ele.

Nesta noite em estado de desespero, se me dessem a opção de sofrer, só sofreria por você. Do mesmo modo que só a sua lembrança, mesmo com a nossa história triste, eu consigo ter alívio.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Sem querer

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Encostei a cabeça na janela no mesmo momento que o carro fez a curva na Igreja perto da sua casa. Gosto da minha cabeça ali encostada no vidro quente do carro, o sol queimando o asfalto e naquelas ruas não tem lombadas. Além de serem ruas perto da sua casa... Sempre lembro-me da sua casa. De você.

Eu já tive menos dores do que tenho hoje, mas também já colecionei mais alegrias do que hoje. Agora as alegrias parecem ser diferente, no caminho para aquele novo serviço que deu certo, eu percebi como não da mesmo para ter tudo o que se quer, mesmo tendo amigos que têm um ótimo emprego e a garota dos sonhos. Então, paro e me pergunto se tenho muita sorte na minha carreira ou muito azar no amor.

O celular vibra sobre as minhas pernas, não é você. Claro que não é, acho que eu não sabia nem o que era um celular quando estava com você, até chego a dizer que nunca nem trocamos mensagens. Lembro-me que costumávamos ligar um pra casa do outro, mas era coisa rápida também. Afinal, você estava sempre tão ocupado. Ou melhor, sempre ocupado demais para me atender.

Enquanto respondo a mensagem de outra pessoa, penso onde você estaria agora. Porque nunca dou sorte de te encontrar sendo que, moramos tão perto um do outro. Ai penso que não deve ser mesmo pra gente se encontrar. Chego a imaginar que quero um dia te encontrar sem querer, mas, eu quero estar bem e quero que você me diga isso “nossa, como você está bem”. Ou poderia dizer, e eu ficaria mais feliz, “nossa, você está ótima”.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Sempre.

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Nos meus sonhos mais obscuros, nas lembranças mais remotas, nos dias mais quentes.

Eu sempre volto para você.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

O nunca.

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Assisti o brilho dos seus olhos enquanto passeava de carro com aquela garota.

Você parecia inocente, mas na verdade é tanta felicidade que não percebeu como fiquei ao ver você.

Enquanto eu sempre fui um nunca. Sempre escutava você dizendo “nunca me apaixonei, nunca vou me casar, nunca vou me envolver, nunca vou ...”

E eu ao seu lado. O Nunca.

Eu sempre fui o sujeito oculto das suas frases.

“eu nunca vou namorar”. ( com você) acho que era isso que você queria dizer.

E por mais que eu tivesse todas as qualificações, eu não passei no seu vestibular.

E uma analfabeta passou.

Será que ela leu o “pequeno príncipe?” será que ela entende de filmes? Sabe falar sobre música? Será que ela é uma pessoa estudada? – eu fico me perguntando.

Mas. Depois um de um tempo eu percebo que nada disso importa.

Você não ama uma pessoa pelo que ela sabe. Pelo que ela tem. Pelo que ela quer ter. Você não ama alguém pelos seus princípios, suas regras, sua religião.

Você ama.

Depois você a conhece.

E ai acha que ama tudo que ela ama ou que tem dentro dela.

Não importa que planos você faça. Quantas “nuncas” você vai dizer. Vai chegar alguém e mudar tudo.

Trocar o nunca pelo sempre.

E nada mais vai importar.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Eu queria ser

 

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Queria ser mais forte que meus sentimentos, mas eles sempre me dominam e quando me vejo já estou no mar deles, levada bruscamente de um lado para o outro. E a pior ressaca que tenho desse mar de fortes sensações é quando sinto ódio ou amor. Sentimentos que não da para sentir pouco e passar por eles sem levar nenhuma lição para vida terrena. Não tem como. O ódio e o amor, além de próximos são sentimentos de extremos, amor tem que ser muito, em abundância, em quantidades exageradas, o amor tem que ser maior que tudo, passar por cima de tudo e levar tudo com si, do mesmo jeito o ódio. Um bom e outro ruim, todo mundo sabe. Mas ambos, se você não souber sentir, eles te levam a loucura, a doença, a padecer. Pois, o ódio só faz mal para quem sente. O amor só faz bem para quem ama.

Pudera não sentir tanto ódio. Pudera... Quem me dera não amar demais.

Quem me dera ser inocente. Ser um ser incapaz de ver a maldade humana nos pequenos detalhes.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Abrir

 

Estamos no facebook!

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Não sobrou muita coisa por aqui. Dos seus beijos só ficou o mesmo de sempre, o gosto. As mensagens antigas que não quis apagar; as músicas, tão suas, que decidi escutar; como pude? Por todo esse tempo pensar que poderia ser para valer, que fosse de verdade, que fosse saudade e nunca mais solidão. Como pude?

Mas como disse, não sobrou muita coisa por aqui. Não temos o que guardar, jogo-me as páginas de livros, entrego-me a outras vidas, outras rotinas, a outras pessoas que pretendo, só com elas, somente e sempre, me envolver. Sei que é errado viver nessa fuga calma da realidade, mas não tenho outra terapia. Vivo naquele momento que é a hora ideal para calar, serenar, apaziguar todos os sentimos e, se por acaso você voltar, e, se por acaso outro alguém aparece com boas intenções eu sou obrigada a dizer- hoje não, agora não. Não quero sentir nada, além da paz e do silêncio dentro de mim entre o tempo de uma palavra e outra lida.

 

Foto: We heart it