domingo, 16 de dezembro de 2012

Extrair

 

 

Curta…Facebook

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Sei que em algum dia no passado você segurou as minhas pequenas mãos, um dia já me encaixei nos seus braços depois de longos nove meses de espera. Acho que você deve ter me esperado com muita ansiedade e curiosidade “com quem ela vai parecer?”. Um dia.

Fico no meu silêncio tentando lembrar de alguma coisa sobre nos dois, se um dia já assumimos os nossos papeis, se demos certo. Claro que deu certo, eu afirmo , afinal tudo nessa vida da certo, mesmo quando da errado, pois na vida não importa por quais tragédias você passa e sim como você lida com elas se você aprender a extrair todas as coisas positivas das negativas tudo fica menos pior e você sai dessa batalha mais forte, menos frágil e preparado. Se afundar mais quando tudo já te puxa para baixo não faz sentindo. Então você ( caro leitor) me pergunta se isso funciona, então eu respondo, funciona. Sabe por quê? Eu estou colocando em prática e quando as forças negativas veem com tudo eu escrevo, só para fixar.

O mesmo silêncio que me faz pensar, me mata aos poucos, essa indiferença silenciosa que existe entre nós me atinge como uma facada no peito toda vez que passo por você. Definitivamente a indiferença é o pior dos males que alguém pode fazer contra o outro.

E de vítima passo a ser vilã quando faço as coisas só para ver se você da o braço a torcer, mas ai você corre atrás do seu, se vira e eu sou completamente um ser desnecessário, pois você impõe o seu poder a todo instante.

Todos os sentimentos de ódio pairam dentro de mim e eu procuro por todas as preces para nos salvar. Me salvar do ódio que corrói meu coração. Salvar você de todas as minhas energias negativas, salvar você dos perigos que podem acontecer, o mundo é cruel também e por mais que você, aparentemente não mereça ( é o que todos me falam) eu ainda quero seu bem, mesmo com ódio aqui dentro, quero que você fique bem. Quero acreditar que você e eu sairemos bem desta. Ou cada um saia para cada lado, mas com um sentimento bom no coração.

Pai, essa é a minha hora de extrair as coisas boas, aprender algo no meio desta guerra fria.

 

Foto: acervo pessoal.

domingo, 9 de dezembro de 2012

A enchente

 

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O sol veio para libertar. Ainda pela manhã as mãos ainda doíam, os pulsos latejavam e pareciam gritar algo parecido com dor. A briga da outra noite deixara rastros. A briga da outra noite era um aviso- estava na hora de fazer as malas; estava na hora de acordar para vida, aquelas paredes um dia iriam cair, mais cedo ou mais tarde tudo aquilo iria ficar velho demais, os móveis já não tinham o mesmo brilho. Estava na hora de acordar, estava na hora de parar de prolongar tudo para daqui cinco minutos. Era hora de sair da função soneca da vida- reparou nos pulsos, o corpo no espelho- emagrecera? Aquilo era paixão pelo novo serviço?- ainda tinha esperanças de um novo amor, de uma nova paixão, mas também se aparecia ela fazia as contas e se perguntava- o que vai dar errado? Será que vai ser o beijo? A pegada? Os sentimentos?- de uma coisa ela sabia- algo iria dar errado. Desceu as escadas ainda húmidas- por causa da briga- e foi logo fazer um café bem amargo, bem quente, bem estilo ‘acorda’. Enquanto tomava café observava o céu azul, sua gata na janela, ainda sonolenta e mimosa a encarava com olhos de ‘ ei qual é seu problema?’. Ela não sabia responder. Rezava todos os dias, principalmente pelo seu pai- aquele cara que ela não tinha nenhuma afinidade- uma vez sua mente lhe dissera “ sua sorte não é estar com um homem, você só tem coleção deles que te fazem sofrer, lá no fundo você nunca se da bem com eles, principalmente com aquele que te criou, vá gostar de outra coisa além deles”. Sua mente era assim, capciosa e sincera demais. É incrível como temos outro dentro de nós, outro com suas próprias opiniões e pré-conceitos. Não bastava ser mulher e ter a tal da TPM tinha que ter outra morando dentro de si e se perguntava se os homens passavam por isso. Mas nunca pensou em desistir deles, tinha uma filosofia de vida de que ninguém tem tudo, ela, por exemplo, não tinha sorte com os homens, mas tinha sua mãe/ melhor amiga e tinha um poder que carregava por todos os cantos até em seus sonhos- e também tatuado debaixo do braço- a Fé.

 

 

Obs. Amigos, sei que sumi dos blogs e daqui mas, chegaram as férias e prometo colocar a minha leitura em dia e também não sumir mais daqui. Quero agradecer a galera que curtiu a página pelo Facebook, eu não sei como colocar aqui no blog para vocêr poderem curtir, se alguém souber, PLEASE, me ajuda! ( rs). Vou sempre deixar  página no final do post, enquanto não descobrir como colocar de uma jeito mais ‘bonito e comum ( que é igual vejo em todos os blogues)’. Obrigada, mais uma vez… 

Luana Santana.

foto extraída do sit weheartit/ autor desconhecido.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

E mais alguns dias...

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Existe um tempo para libertar, mesmo quando queremos estar presos. Deveria existir um tempo só nosso, ter uma daquelas salas que corremos quando parece que vai dar errado, quando alguém acaba com você. Na verdade não buscamos a liberdade ela na realidade é apenas mais uma ilusão que faz parte de nossas vidas e nada do que queremos tem a ver com ela. Queremos mesmo fazer parte de nada? Queremos mesmo morrer em um canto a sós com nossa solidão? Queremos mesmo? Queremos? Eu acho que não.

Faz um tempo que prefiro estar com você e dividir tudo que tenho em seus braços, mostrar tudo que penso e fazer você escutar tudo que sinto. Não sei se a busca da liberdade seria uma frase correta. Sendo que muitas vezes não sei nem o que é certo. Gostaria de ter você aqui para me mostrar o que é correto, ter a nossa intimidade para nos guiar. Você ainda existe dentro de mim. Seu coração bate distante e o meu bate por você. Penso que seria mais um tempo de amar, então eu me liberto dessa tal liberdade que tanto desejava e me prendo a você para sempre. E mais alguns dias...

domingo, 7 de outubro de 2012

Não sou eu, mas deve ser outra coisa.

I go crazy cause here isn't where I wanna be

And satisfaction feels like a distant memory

 

 

Eu já esqueci de tantas coisas que as vezes fico aqui matutando como eu era quando estava com você. Percebi que a gente muda, melhor, as pessoas mudam a gente, era uma pessoa antes de te conhecer e a gora sou outra depois de você me deixar. Não que eu ainda ame você, na verdade faz tanto tempo que não nos vemos, faz tanto tempo que eu não penso em você amor, faz tempo. Mas ainda lembro de você, na verdade lembro me de como eu era com você, queria estar com você a todo instante e minhas mãos nunca ficavam cansadas de amaciar seus cabelos, sua pele... E hoje mal consigo passar um dia com alguém sem contar as horas para ir embora, parece-me que ser só é sempre a melhor opção ficar só com uma boa música, um livro e meu corpo jogado do sofá. Sou o espelho do ser mais antissocial que possa existir. Lamento.

Eu gostaria te sido muitas coisas. Queria ser menos preguiçosa, não fumar quando estou nervosa, não comer muito doce, não pensar tanto em você quando estou só, não pensar tanto como eu era quando estava com você, não pensar nas paixões que tenho e que sei que nunca terei chance e não pensar quanto eu sou pessimista, o quando deixei de rezar e frequentar a minha religião. Sou uma pessoa que fica sempre cheia de perguntas na cabeça e apenas uma afirmação “somos mais do que isso”, somos mais que os dias maçantes de trabalho, do que aquela aula chata, do que o dinheiro, do que as roupas caras de marca, do que essa falsidade social “somos mais do que isso”. Eu não sou nada do que gostaria de ser. E, muitas vezes, faço as coisas não sabendo o porquê. Trabalho com o que não gosto e ganho mau e fico pensando se é esse curso mesmo que quero fazer. São tantas as dúvidas, o desejo de ficar numa estrada conhecendo o mundo me possui a cada dia que passa e viver nessa rotina maçante me mata aos poucos o tempo todo.

 

domingo, 23 de setembro de 2012

música liberta

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Por hoje, nada de lamentações. Nada de preocupações. Quero uma boa música, quero reviver sempre e cada vez mais aquela lembrança boa que tenho guardada no coração. Quero sentir aquele perfume que me faz lembrar de algo bom, quero escutar a voz da minha mãe contando alguma coisa engraçada. Quero ver meu irmão brincar de ser gente grande, rir com meus amigos, quero olhar para céu e lembrar de algo ou de alguém especial. Quero sentir saudade em uma tarde qualquer depois do almoço enquanto o vento bagunça meu cabelo. Quero sentir... E apenas. Nada de questionamentos, nada de sentimentos que latejam demais, nada de amores que não deram certo, nada sobre você e nada sobre nós, nenhuma lembrança será relembrada com rancor, nenhuma saudade será sentida com temor e nenhuma desilusão será vivida. Quero apenas ser os minutos de agora, quero ser apenas alguém com uma boa música nos ouvidos com coisas boas no coração e na mente.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Recado para meus Domingos.

 

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Outro dia enquanto fazia uma coisa qualquer, daquelas que para agora não tem importância, eu me julguei, dizendo para dentro de mim que estava tão longe da Fé que tanto prego e falo, questionei-me por rezar menos, acreditar menos, desistir mais e ter pessimismo em exagero. Então me perguntei “como pude me afastar tanto da minha Fé?”. Lembrei-me de uma época que antes de dormir eu agradecia por tudo, pelo dia, pela comida, por te uma família, pais maravilhosos, bons amigos, uma boa cama e uma boa casa... Nunca dormia sem agradecer.

Ultimamente tenho adormecido rapidamente para não ter esse papo com Deus ou com qualquer força maior que nos oriente.

Fiquei decepcionada comigo.

Hoje enquanto voltava nos seus braços eu tentei pensar que poderia encontrar alguém que decidisse assumir tudo o que você não quer ser ao meu lado, alguém que me achasse especial, alguém que eu acreditasse e entregasse toda a minha confiança. Enquanto seu braço aconchegava meu pescoço, naquele carro apertado e entre uma conversa e outra que você tinha com os meus pais, eu pensei, por que não podemos dar certo? Por que complicamos demais? Por que sou tão especial para você a ponto de ‘nós’ não existir? Voltei a imaginar, a sonhar e a tentar ter um pouco de Fé no que li no meu horóscopo, parece burrice afinal quantas e quantas pessoas não são de sagitário também? E isso me faz questionar “por que ainda leio o horoscopo mesmo tendo várias duvidas sobre sua origem?” Apenas acho que gosto de crer em coisas que não tem uma ciência comprovada, talvez pelo fato de termos que senti-las lá dentro de nossos corações, crer no que não da para ver. Como ter Fé, como amar, como gostar de alguém só porque ‘sente’ que a pessoa é boa. Sentir. Sentir é tão profundo e verdadeiro, me completa, nos completa. Eu e você somos uma ciência comprovada, damos uma bela história de amor, é uma história bonita, eu acho. Eles no veem cientificamente. Enquanto você não sente.

Decepcionei-me por querer tanto ser sua ‘pessoa especial’ e não ter previsão me faz sentir mais decepção, talvez deva ser por isso que leio o horóscopo, ele me trás possibilidades, possibilidade de todo mês achar que quando a Lua está em algum lugar o destino age e ai eu encontrarei alguém... “que queira ser tudo o que você não quer ser para mim”.

Mas hoje é domingo dia de ficar meio depressiva, dia de ficar largada no sofá ou em sentada na beira da praia com a família e pensar na semana que foi e na semana que vai começar “ no tudo de novo”, pensar nas coisas que não fiz na última semana e na dieta que deveria começar “mais uma vez”. Domingo. Dia de passar o dia com você, ver você olhar para outras, dia de ver você me tratar melhor quando bebe um pouco mais do que o suficiente, dia de ver você sorrir ou jogar bola com meu pai e meu irmão. Domingo, dia de eu pensar “quando que tudo vai começar a acontecer para mim?”. Domingo dia de fazer promessas, que serão validadas a partir de segunda-feira.

Faço minha lista.

Acima do peso...

Rezar mais...

Ler mais sobre aquela aula de terça- feira...

Resolver aquele problema no banco...

E tentar cumprir, tudo e mais um pouco. Nada de preguiça e irritação.

Nada de decepções. Vou lá ao meu armário pego umas palavras sábias, exercito minha Fé e jogo tudo de ruim, que eu sei que sinto e levo comigo de segunda a sexta, fora, no lixo.

Venha cá começo de semana... “quero lhe usar!” Amém.

domingo, 9 de setembro de 2012

Prefiro a ausência do certo

 

Outro dia lembrei-me do seu sorriso quando eu disse que não estava mais com aquele cara, você parecia uma criança feliz com o brinquedo tão sonhado, na verdade, éramos crianças, mas aquele seu sorriso, nunca vou esquecer, acreditei nele e que dele talvez surgisse em mim sentimentos recíprocos ao seu.

Crescemos juntos, lembra-se de quando tínhamos que parar de brincar para podermos cuidar do seu irmão? Eu o peguei no colo e comecei a lhe dar mamadeira e você disse “Isso, use seu dotes maternos”, eu me perguntei “tenho dotes maternos?”, mas sorri para você, na esperança de um dia termos a nossa família e poder segurar o nosso filho.

Uma vez eu sugeri que você ficasse com uma amiga minha, mas era mais uma das coisas que as mulheres fazem para testar os homens e você, homem, não entendeu, e eu tive que aturar e aguentar ver você dois ficando. Se beijando, num romance. Foi a primeira vez que senti ciúmes; também foi o primeiro que beijei e acho que você nem sabe disso. É claro que vivo me perguntando o que sinto por você, por que teve aquele cara, aquele sabe? Que você ficou feliz quando eu terminei com ele? Eu gostava tanto dele, mas gosto tanto de você também... Talvez eu seja apaixonada por ele e ame você. Talvez. Talvez tanta coisa.

Hoje quando olho para nós vejo que somos bons amigos, mas sei que você tem coisa melhor te esperando durante os dias, sei que tem aquela garota que faz seu coração disparar, sei também que gosta de ficar comigo, mas já me disseram que sou “especial demais” segundo suas palavras e os boatos que rolam por ai. Eu gostaria de não ser especial para você e assim poder ser apenas alguém, ter a chance de ser alguém para você com várias qualidades e defeitos, alguém que você ligue para dizer que está com saudade ou apenas alguém para você sair, para você beijar, para você sair, ser seus pensamentos, a mensagem que tanto espera e saudade que lhe aperto o peito. Eu não queria ser especial, ser um sonho, ser a garota perfeita, quero ser alguém que você mereça, alguém que você ame, respeite e tenha vontade de cuidar. Não quero ser especial, ser especial me afasta de você, nos coloca barreiras especiais, nos coloca coisas impossíveis e nos coloca tolerância zero aos erros. Eu quero ser sua, ser alguém que você toma conta. Ser seu alguém. Ser sua.

 

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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Eu, meus brinquedos e minha Fé.

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Não gosto de falar sobre as minhas coisas, não com todo mundo, mas às vezes vou soltando tudo como uma criança carregando vários brinquedos. Alguns escapam. Sou mais ou menos um turbilhão de coisas todos os dias, tenho minhas vontades e desejos que são oprimidos e dolorosamente, bem guardados. Não sei mais o que fazer com eles, noutras eu penso comigo que é melhor solta-los mas, ai lembro que estou estudando para um dia ter uma carreira aliás sou apaixonada por ela mesmo não tendo-a ainda, e tem meus amigos, minha família, a minha cama e a rua onde eu moro. Quero me ver livre em uma estrada qualquer dia desses, mas também quero viver em uma rotina confortável e aconchegante, daquelas que não tenho vontade de mudar. Por que na verdade sempre desejo isso. Quero sempre algo novo nos meus dias, quero o outro lado da cama preenchido por alguém especial, quero os amigos de sempre com história de ontem e hoje, quero a comida com a minha família mais um mesa para seis ou dez pessoas, quero ver meu irmão crescer e se formar, quero está lá quando ele começar a namorar e sofrer por amor, quero passear durante a noite com amigo e ver meus amigos se casando e tendo seus filhos, quero dizer, quero a prender a viver a minha vida sem todos os dias desejar outra.

Então, naqueles dias em que a vida pesa nos meus ombros, naqueles dias em que eu sei que estou acima do peso, sei que não estudei o tanto que deveria estudar para as provas e fico me cobrando, naqueles dias em eu me vejo menos atraente e minha autoestima some, meus amigos as vezes não me dão atenção e eu apenas quero ficar só sem família para fofocar, sem irmão para aporrinhar, sem trabalho com aquelas pessoas que não fazem parte do que eu realmente sou e muito menos com o que eu ainda vou ser... Então naqueles dias, que são esses os de ontem e de agora, eu penso que poderia ter mais FÉ não só em mim, mas em Deus, mesmo achando que às vezes Ele não me escuta quando peço um emprego melhor ou amor maior, mas eu sei que Ele me escuta e que estou sendo mau agradecida, eu sei, eu sei. E saber me dói, dói, pois não são todos os dias em que vejo a luz brilhar em cima da minha cabeça, não são todos os dias que eu enxergo as coisas boas que acontecem a todo o momento, pois não são todos os dias que são feitos de glória, de paz interna e muita paciência. Às vezes, com café tudo isso aparece, às vezes tudo isso com FÉ surge, às vezes tudo isso com amor de mãe ou um bom chope com a amiga da faculdade resolve, as vezes... Às vezes tudo fica fácil e eu volto pelo corredor e vou recolhendo os brinquedos que deixei cair no decorrer ai respiro fundo e digo para mim mesma que sou forte, tenho FÉ e vou carregar tudo sem deixar cair nada, nem a peteca, muito menos os meus sonhos.

domingo, 26 de agosto de 2012

Na tonalidade que você quiser.

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Você disse um talvez meio torto. Quase um sussurro.

Eu fingi que não entendi, disse um talvez e fui embora, o meu não foi torto, foi mais um talvez querendo não dizer.

E quando disse tudo já era tarde demais, quando contei tudo o que sentia seus sentimentos já haviam arrumado a mala e você arrumado tudo. E estavam chegando os ponteiros no número certo, na hora certa.

Então eu disse que podia ser, que tudo bem, até logo, até mais, vá com Deus.

Ai você bateu a porta, meu mundo desabou e eu cai no meu chão de lamentações e ali fiquei.

Tentei acordar várias vezes, tentei várias coisas, tentei abrir os olhos e pensar que estava na minha cama e aquilo era uma brincadeira de muito mau gosto. Mas toda vez que abria os olhos você não estava lá e eu estava no chão. Não era sonho não... Eu pensei, é tudo verdade então... Talvez. Talvez. Talvez.

 

Nada ficou no lugar
Eu quero quebrar essas xícaras
Eu vou enganar o diabo
Eu quero acordar sua família...

Eu vou escrever no seu muro
E violentar o seu rosto
Eu quero roubar no seu jogo
Eu já arranhei os seus discos.

Adriana Calcanhoto- Mentiras

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

B. Continua…

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O lado da cama revirado com o seu cheiro mais sua ausência, tudo que faz falta me faz lembrar você.

Ai às vezes você sorri e nada diz apenas me beija e noutras vezes somos amigos daqueles que não se arriscam a ficar.

Então numa noite qualquer você apaga luz e fala “vai mais pra lá” pra vê se cabe nós dois naquele sofá lá de casa, enquanto todo mundo dorme, enquanto a gente escuta Altas Horas. Pra depois esperar amanhecer e na minha cabeça tudo escurecer e eu perceber “será que tive mesmo você?”.

sábado, 11 de agosto de 2012

B.

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Ele me abraçou tão forte que quando me soltou o seu cheiro ficou em mim. Caminhamos pela rua vazia e coberta pelo frio daquela noite de sexta-feira. Conversamos sobre nossos dias e sobre algumas conquistas que ele fizera. Eu estava tão feliz por ele que parecia que estava feliz por algo meu, talvez estivesse, considerava ele como uma coisa ou um objeto, um livro que você compra e não quer mais parar de ler- meu, apenas meu- lá vou eu transformar você em capital, sairia muito caro para meu bolço doente. Enfim, quando chegamos em casa você devolveu a minha mochila e me deu mais um abraço forte, depois seu sorriso iluminou a rua e aqueceu meu coração naquela noite fria e quando ele me soltou o seu cheiro ficou em mim, mesmo depois quando já havia tomado banho e estava na minha cama ainda sentia o teu cheiro e também sentia saudade.

domingo, 5 de agosto de 2012

Não prometa

 

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Então eu prometi que iria ser forte

Deus, como eu prometi.

Antes eram tudo flores e muita alegria.

Mas eu prometi...

Estive pensando em você,

Enquanto dormia,

Enquanto me beijava,

Enquanto durou,

No dia que terminou,

No dia que começou,

Um filme passou, todo, completo, ácido e doce pela minha mente.

Enquanto o tempo passava,

Enquanto os dias iam,

Enquanto você se renova,

Enquanto alguém te aquecia,

Enquanto sabia o que era saudade,

O que você descobriu?

Como está agora?

Como está?

Enquanto eu estou longe, enquanto não estou mais nos seus braços, enquanto não estou...

Então, eu prometi que ia ser forte.

 

imagem do filme: Never let me go

terça-feira, 24 de julho de 2012

Um homem velho

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Fiquei sem paciência comigo mesma, acabei com tudo que um dia construímos, mas penso eu que se consegui acabar foi porque não conseguimos construir algo sólido e duradouro. Vou assim sem adeus e sem tristes despedidas, vou assim com uma mala, um par de óculos, alguns livros e um violão. Vou assim, mas só do que quando cheguei. Sempre achei mesmo que sempre estive sozinha, sem ombros para apoiar e chorar, sem abraços para se lançar e me aconchegar, sem... Vou assim. Até mais, até logo. Tchau.

domingo, 22 de julho de 2012

Não prolongar

 

 

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Destrancou a porta e adentrou o cômodo, ao fechar a porta permaneceu encostada na velha porta branca (poderia ser facilmente ser confundida com um tom de bege). Sua cabeça pendeu para trás até encontrar a porta, fechou os olhos lentamente tentando não espantar as lágrimas, sentia que os pés estavam dormentes e quando conseguiu se afastar da porta parecia não sentir onde pisava.

Segundos depois, quando já estava debaixo das cobertas na enorme cama de casal, ela chorou, chorou e chorou; e o travesseiro dele abafou seus gritos de desilusão e dor mais as lágrimas que não paravam de chegar. Quando se sentiu um pouco mais calma virou-se de barriga para cima e encarou o teto branco iluminado pelo seu abajur de aquário e por algum momento pensou que sentiria falta daquele aquário se um dia o jogasse fora, afinal, o objeto não tinha culpa de portar tantas lembranças. E voltou a chorar, não com tanto desespero como antes, dessa vez as lágrimas eram necessárias como respirar e não como uma comida mal digerida. Mesmo não se sentindo confiável para sair da cama ela levantou e permaneceu por um tempo com os pés sobre o chão gelado, no fundo queria saber se ainda era capaz de sentir e percebeu que seus pés não sabiam mais o que era frio ou quente, talvez, tivesse perdido o chão. Decidiu tomar um banho e quando se levantou quase caiu, estava tremendo, mas com muita determinação conseguiu chegar até o banheiro, recusou-se a encarar o espelho, era muita humilhação. De baixo da água quente ela chorou, chorou e chorou; e o banheiro abafou seus gritos de desespero e angustia. Gritou e chorou sem medo, sem orgulho, sem plateia, nada importava agora era o seu momento, o momento de ser menos o que outros esperam e mais do que realmente é. E foi naquele banheiro que jogou tudo para os ares ao gritar até a sua garganta arder, ao chorar e ver que estava com o rosto coberto de maquiagem. Ela não sentiu medo, não sentiu nada, apenas alivio, alivio de poder ser ela mesma nesse momento tão difícil.

Quando abriu a porta do banheiro deu um grande sorriso e decidiu que tudo que passara, tudo que gritara e chorara tinha limpado todas as mágoas, todas as feridas, estava purificada. A partir daquela porta as lágrimas eram parte do passado e sua dor havia ido pelo ralo, não ia mais sofrer, não por isso, não por ele. Passou, passou. E ela conseguiu sorrir com o coração...

sábado, 21 de julho de 2012

Eu acho que não

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Outro dia em sonho eu passei pra te dizer que as coisas por aqui não estão indo bem, talvez você, não queira saber, mas talvez você, esteja curioso para saber como eu sobrevivi à tempestade com o seu nome. Como eu disse os dias não têm sido convidativos para se viver, como disse a vida não esta sendo fácil, como eu queria te dizer que as coisas estão indo bem, mas você conhece e sabe que eu não sei mentir bem, sabe que só sei dizer verdade e meias verdades fantasiadas com o seu doce e amargo nome, tão confuso de soletrar assim como o sentimento que carrego. Gostaria que nós fôssemos algo mais que um amor de inverno, isso é o que eu queria te dizer, mas não da pra dizer sendo que você não quer escutar, pois, enquanto eu quero fazer cinema você chega querendo fazer um pornô rápido, enquanto eu quero uma música que não sai da cabeça ( nosso rit) você quer apenas seguir a batida de qualquer coisa que seja. Ai eu penso comigo que são muitas diferenças, mas eu ainda sim, sim mesmo (de verdade), ainda quero ter você por perto. Definitivamente não da pra entender, então em vez de me livrar de todo esse sentimento e comprar um livro de autoajuda resolvi parar de tentar entender, afinal será que tudo nessa vida precisa de uma tampa com um rótulo?

quinta-feira, 19 de julho de 2012

A crise


Com as duas mãos, tirava todas as roupas do guarda roupa e em uma mala em cima da branca cama de casal ela desperdiçava as roupas, às vezes pensava em deixar uma peça ou outra, mas mudava de ideia “ e se eu precisar?...”- perguntava-se. Respirava fundo e começou a dobrar as roupas ao lado da mala azul céu, uma por uma ia sendo dobrada roupas velhas e novas, usadas e as estragadas pelo tempo eram dobradas pacientemente enquanto uma lembrança ou outra era facilmente recordada com o dobrar de uma blusa ou uma saia rosa “aquela saia rosa...”-recordava-se de uma lembrança.

Atrapalho?” Eduardo perguntou do pé da porta. “não” ela lhe sorri e volta a dobrar as roupas de lembranças “aquela blusa preta...( risos em seus pensamentos)”. Ele entra no quarto e senta do lado da mala azul céu e repara o seu conteúdo “Parece que vai levar tudo” ele tocou em algumas peças e ela se perguntou se ele lembrava daquela saia rosa ou de qualquer outra lembrança ao tocar as roupas dela- “Você tem muitas roupas”- disse como se não tivesse mais nada de importante a dizer e então ela concluiu que ele não lembrara de nada, nadinha. Sentiu uma leva tristeza.

Minutos depois de um longo silêncio ela finalmente terminou de arrumar a mala e horas depois, na cozinha, eles tomavam um café “... e depois eu vou para o México” ela conclui com um gole do café. “vai ser uma viajem e tanto” Edu disse e suspirou “espero que você goste e que- ele encarou a xícara- conheça novas pessoas” concluiu. Ela tomou mais um pouco do café “Eu também”- terminou o café e ele ainda não passara do segundo gole “Está tão ruim assim?” ela perguntou sorrindo “Não- ele disse secamente- é estranho tudo isso- mudou de assunto- nós dois a pouco menos de um mês estávamos por esse apartamento nos amando...”. “Não me venha com esse papo de nos ‘amando -ela começou bravamente- “você que terminou comigo, você que...” resolveu parar prometeu para si  que não iria mais tocar nessa ferida, não ia mais voltar a este assunto, não ia mais... “Eu sei” ele concordou “Eu ainda amo você” ele disse “gostaria que soubesse que apenas não estava dando mais para ficarmos juntos, que sabe...” Ela levantou e colocou as xícaras na pia “espero que você tenha terminado-  e antes de ele pensar em responder seu café já estava na pia escorrendo pelo ralo- espero que nós também Edu”. “Cris...- Eduardo tentou começar”. “Edu! Chega! Você terminou comigo, disse que queria experimentar novas coisas, novas pessoas, novas...- respirou fundo, estava outra vez quebrando a promessa que fizera- Apenas chega, não precisamos mais falar disso e eu não quero mais falar disso, eu não quero mais entendeu?- estava chorando, não conseguia mais segurar as lágrimas que vinham sem freio, sem pedir permissão. Ele levantou da mesa e foi até a pia e a envolveu em um abraço “Cris o que tivemos foi lindo. O que temos ainda é lindo- se afastou o suficiente para enxergar seus olhos através das lágrimas – “apenas não da mais, as vezes temos que deixar o que amamos livre para a vida. Cris eu não sei quem sou sem você, não sei que é Eduardo Martineli sem a Cristiane Hugo, eu não sei”- as mãos dele acariciavam os braços dela- “eu te amo e nunca vou amar outra mulher como amei você, mas, aos 31 anos me vejo em crise”. Cris fez que sim com a cabeça “quando amamos alguém queremos estar com a pessoa” ela disse segurando o choro “mas meu problema é que eu te entendo às vezes... –  tentou segurar as lágrimas -às vezes quando paro para pensar em tudo que você disse e em tudo que vivemos, sabe que te conheço muito bem, eu entendo que as vezes precisamos ser livres, passar um tempo com nós mesmos, ver quem somos sem alguém nos aquecendo. O meu defeito é que eu te entendo” ela terminou de dizer e o abraçou forte e logo em seguida sussurrou- “ só que eu não posso fazer parte disso, pois eu não isso. Vou te libertar pois como você disse, quando amamos deixamos a pessoa livre para viver a vida, mas eu não sou assim, não quero ser livre quero ficar com você, mas se você não quer mais não temos para que prolongar essas dor” eles se soltaram e quem estava com lágrimas teimosas e impacientes  era ele e quando Cris chegou a porta ela virou e declarou “...Por favor meu amor, não volte mais, Pois eu vou tentar te deixar viver e rir do que a vida me fez fazer, aqui e agora te liberto com essa condição, com essa cláusula pétrea: vá viver e não volte mais para os meus braços”. E da cozinha Eduardo escutou os passos dela indo até o quarto e depois voltando com a mala azul céu de rodas e segundos depois escutou uma chave sendo abandonada na mesa e uma porta sendo aberta e depois eternamente fechada por Cris. Agora era fato ele era livre e a perdera para sempre.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Não precisa ser igual para todo mundo: sobre como temos que acreditar.

 

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Eu o beijei lentamente, como se eu fosse embora sabe? Como se eu nunca mais voltasse. Eu e meus dramas vocês sabem... Então, quando terminei meu longo beijo dramático e fui me retirando do colo dele ele me puxou novamente e me encarou- eu quero mais, calma ai!- eu sorri- quer mais?- perguntei já me aproximando o beijando mais- está ficando tarde e amanhã acordamos cedo- tentei de um jeito amigável dizer que estava na hora de irmos, amanhã era segunda- feira! Mas mesmo assim ele não me soltou, parecia que queria dizer algo, alguma coisa que estava o incomodando e agora estava me incomodando também. O beijei novamente, dramaticamente, e mais, dramaticamente- Quero conversar com você- ele disse, sussurrando em meu ouvido enquanto eu o abraçava para sentir o seu cheiro doce e envolvente- Sobre?- tentei não demostrar medo, mas já estava preocupada “conversar? Sobre o que? Aimeusdeus”- bem...- ele me afastou e encarou- que tal a gente noivar?- eu sorri, automaticamente as borboletas no meu estômago acordaram- Noivar?- eu repeti, na verdade eu não sabia o que dizer- Claro, amor, estamos namorando há cinco anos, você já está com 27 e eu 29, somos independentes, você tem seu apartamento, mesmo morando com os seus pais- ele deu risada e continuo- eu tenho carro, tenho minhas economias, ainda moro com os meus pais- ele deu risada novamente- está na hora de a gente sair de baixo da sai das nossas mães não acha?- eu concordei com a cabeça ao mesmo tempo querendo rir da nossa “independência”. –Amor- comecei a dizer- meu apartamento está alugado e eu não quero viver de aluguel, é um dinheiro que não tem voltar e ainda mais... - Ele me interrompeu- Não, calma! Não precisamos casar agora, podemos noivar pedir o apartamento e daqui um ano mais ou menos quando os inquilinos saírem e o contrato vencer, nos casamos e vamos morar lá- ele piscou para mim como se a ideia mais genial do mundo. Eu sorri “seu lindo”- bem, é... Vamos pensar? Não vamos decidir assim do nada... - ele murchou- Você não quer?- eu fiz que não com a cabeça- não é que eu não quero, mas é que é um passo muito importante. Ele concordou e não falamos mais no assunto. Naquela noite fui embora procurando um brilho em seus olhos, um brilho que sempre esteve lá, mas não estava nessa noite. Ao contrário da maioria dos casais o sonho de casar era mais dele do que meu, eu não botava Fé nessas coisas de véu e grinalda, casamentos, padre, igreja e bem casados pelo contrário achava tudo uma perca de tempo, mas ele não, depois de se tornar jornalista o maior sonho dele era casar. Tudo bem isso é lindo para um homem, mas... E eu? Ele teve uma infância perfeita, os pais com mais de 30 anos de casados, o pai dele é fiel, a mãe também, sabe aquela família margarina? Eu mal acreditava em namoros quando o conheci e ele me ensinou a ter um relacionamento sério e duradouro do mesmo modo que eu o ensinei que tudo nessa vida é relativo, que existem diferenças e que nem todo mundo teve uma vida perfeita igual ele e que tinha que ele aprender a respeitar essas pessoas, as dificuldades dos outros e não simplesmente julgar. Ele me ensinou. E eu ensinei a ele. E agora ele queria me ensinar a casar, ser esposa, talvez mãe, começando por um noivado em mais ou menos um ano. E agora?

Quando cheguei à minha casa dentei na cama com a minha mãe e contei da minha conversa com ele, sobre o noivado e o quanto eu aprendi, o quanto aprendemos. Ela apenas disse para eu escutar meu coração e que tudo tem o seu tempo, disse também que não era para eu ter medo a vida dela e do meu pai era só deles, cada um tem a sua história de amor que deu certo e outra que talvez possa dar certo basta acreditar. Eu fiquei pensando nisso. A minha história estava dando certo, por que não poderia continuar? Por quê? E eu não soube responder...

No outro dia liguei para ele disse que “sim”, que tinha pensado direito e que era hora de a gente noivar. Foi ai que aconteceu uma coisa que me marcou- Amor?- eu chamei ...?- ele respirou fundo no outro lado da linha- emocionado só isso. Na verdade, ele estava chorando. Eu ri, sei que não era para rir, mas quando fico nervosa, ansiosa ou qualquer coisa do gênero solto sempre aquela risadinha de: não sei o que dizer. Então, quando ele parou de se “emocionar” marcamos uma jantar em um lugar que sempre vamos para comemorar “nossas coisas importantes” e naquela noite quando cheguei ao nosso restaurante que tantas vezes nos acolheu e que até o dono já nos conhecia, o meu amor me abraçou forte e beijou longamente, aquele beijo sabe? Dramático? Ele e seus dramas, vocês sabem... E ai quando me sentei ele me deu uma caixinha, sim é isso mesmo que você está pensando... Eu sorri e o encarei, perguntei com os olhos se era mesmo o nosso anel de noivado e ele disse – Sim minha noiva- e eu fiquei nervosa, ansiosa ou qualquer coisa do gênero e dei aquela risadinha de: eu não sei o que dizer. Então, ele abriu a caixinha e colocou a aliança no meu dedo e naquele momento eu estava noiva do meu Amor.

Imagem: 500 of sumer( meu filme favorito) ♥

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Logo mais, bem depois, sombra a dois.

Depois do Furacão você, estou me escondendo atrás dos livros, atrás das notas musicais, atrás dos dias, atrás da comida, atrás das pessoas. Tudo para fugir de você, mas parece que estou mais próxima, praticamente, indo atrás de você.127026843_large

terça-feira, 3 de julho de 2012

Quase sem querer...

Ainda lembro-me dos seus braços fortes ao me abraçar. Às vezes me pego sorrindo sozinha. Noutras me pego escutando as músicas que não gostava de escutar, pois quem gostava era você, não eu, pois é agora eu as escuto. Também me recordo do seu jeito de falar, do seu jeito de me tocar, do seu jeito... Lembro-me de tantas coisas. Ver você almoçar, ver você sorrir. Tudo de um jeito simples me faz lembrar de você e sempre recordo sem querer e quando vejo já estou pensando em você.

 

Já não me preocupo se eu não sei por que.
Às vezes, o que eu vejo, quase ninguém vê
E eu sei que você sabe, quase sem querer
Que eu vejo o mesmo que você.

Legião Urbana- Quase sem querer

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sexta-feira, 29 de junho de 2012

Meu homem...

 

Um homem com uma dor
um homem com uma dor
é muito mais elegante
caminha assim de lado
como se chegasse atrasado
andasse mais adiante
carrega o peso da dor
como se portasse medalhas
uma coroa um milhão de dólares
ou coisa que os valha
ópios édens analgésicos
não me toquem nessa dor
ela é tudo que me sobra
sofrer, vai ser minha última obra -
Paulo Leminski

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“Ele me beijou de leve nos lábios e não ousou me dizer adeus. Me abraçou forte e em alguns minutos me fez rir das suas brincadeiras e sua voz de criança. Não ousou, em nenhum momento, me contar que iria partir. Disse que estava tudo bom isso que estávamos vivendo, disse que estava gostando. Eu lhe mandei um sorriso com meu coração estampado na capa do cartão dizendo ‘eu também’. Ele deve ter acreditado ou me achado uma tremenda boba, mas mesmo assim...Ele não ousou me dizer ‘adeus’. As vezes penso que as palavras devem ter tido algum peso em seus lábios e que alguma coisa dentro daquele coração que ele pode ter, tem algo de verdadeiro e que ele não é apenas um homem, é um homem com uma dor, mas mesmo assim não entendo porque ele não disse que era hora de dizer adeus.“ não gosto de despedidas, meu anjo” ele se explicou algumas horas mais tarde, por uma mensagem que parecia não ter vontade de ser entregue. Mas mesmo assim, ele não se despediu de mim...”

Da lembrança que você deixou em mim, de um fruto pequeno que brotou no meu coração chamado Esperança eu te presenteio com um texto feito lá do fundo do coração, com carinho aqui do peito plantado por você. Agora digo que estas colhendo palavras verdadeiras, que talvez, e é quase certo, nunca iras descobrir, mas não tem problema não alguém aqui leu e alguém, que é claro que é especial, sabe. Sentimento bom à gente repassa não se pode guardar se não faz dele mágoa. Eu mandando pro ‘mundo. Pro ‘mundo me mandar mais de você em outros que ei de conhecer.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Mesma coisa, ainda mais e não menos.

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Eu já sei de todas as dicas. Durantes os anos eu aprendi, não sei se certo, a conviver com certas dores, com certos zumbidos no coração, com a saudade caminhando ao lado, com sua sombra no meu encalço. A sensação que eu tenho é que você sempre está perto.
Eu aprendi a pegar todo aquele meu amor e guardar dentro do meu coração, lá no fundo dele, tranca-lo com um esparadrapo na boca ( por favor amor, não crie mais confusões na minha vida). Mas até de sentir amor, não qualquer um, o amor que sinto por você, sinto saudade dele também.
Sei que você está bem e atualmente isso não me incomoda mais, não como antigamente, que eu via que você estava seguindo a sua vida enquanto eu esperava por um milagre ou um por outro cara para que ele mudasse tudo e assim seu amor seria apenas mais um, mais um lance que não deu certo, sabe? Não era pra ser...
Mas não foi assim. Não é assim. Não é mais um.
Deus, quantas oportunidades eu perdi, quantos caras bacanas deixei passar por não saber amar outra pessoa além de você?
Eu sinto sua falta. Sinto sua falta na mesma intensidade que sentia quando estávamos juntos e não dava pra gente se ver. E a mesma saudade que sentia quando você resolveu me deixar. É a mesma saudade.
Saudade.

domingo, 24 de junho de 2012

Sobre Ele e o novo, icebergs e felicidade da infelicidade.

 
Ainda bem
Que agora encontrei você
Eu realmente não sei
O que eu fiz pra merecer
Você

Porque ninguém
Dava nada por mim
Quem dava, eu não tava a fim
Até desacreditei
De mim

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Sei que não somos como aqueles belos casais, sei que a nossa história não é como aquelas de filmes ou novela, e até agora, só porque eu gosto, não temos nenhum drama. não tive que te conquistar ou você não quase me perdeu, apenas aconteceu de a gente se encontrar, meus olhos se fixarem aos seus e ai um beijo, uns beijos.
Não estou pedindo “Hey cara, me faça sofrer, pois, sou humana e os humanos gostam de amar aquilo não tem”. Não peço.
Mas peco por querer transformar isso em um romance e nós em um casal. Justo agora que gosto de ouvir a tua voz e rir com você ao telefone. Justo agora que tudo parece se encaixar e eu ainda não me enjoei de você. Justo agora que eu não lembro daquele cara lá que tanto amei e que não conseguia amar mais ninguém.
Não estou dizendo que te amo, mas justo agora...
Que por acaso esqueci do aniversário dele. Que por acaso eu me esqueci de lembrar dele. Que por acaso não comparo vocês, não comparo nós dois com o que eu era antes, com Ele. Por acaso...
Não estou dizendo que amo você, mas digo que te quero mais um pouco cada vez que estou com você e penso no que lhe contar cada vez que não estou.
Estou querendo dizer que logo eu, uma pessoa que não participa de muitos romances, que não têm mais tantas borboletas assim no estômago. Está sentindo, tudo que há muito tempo não sentia.
Estou querendo dizer que o gelo que abita aqui e que o peso das mágoas condensado em grandes icebergs estão sentindo o sol do seu amor derreter um pouco de tudo, e fazer do pouco de tudo que já são sentimentos derretidos e amansados... Um novo e bom sentimento com o teu nome e teu carimbo, praticamente, autenticado por você... E não mais por Ele. É só um modo de dizer que você me renova e filtra tudo de antigo e antiquado que eu sentia, por sentimentos novos em carne e pelos arrepiados, borboletas novinhas doidas para voar... É um começo... E tenho medo. É normal, eu acho que estou seguindo o roteiro...
É com você que vejo tudo caminhar normal. É com você que entendo aqueles casais de metro, é com você quero ser- e nem acredito que já pensei nisso- uma família de margarina. É só agora que alguém me puxou para mundo dos sentimentos, novamente, que eu entendo por que queremos ter alguém, por que é tão bom abraçar, por que é tão esperar uma ligação e pegar aquele cineminha.
É com você. Por sua culpa.
Se eu cair já sei seu teu nome. Olha só meu medo.
Se eu me ferir, já sei teu carimbo.
Mas se cair ficarei feliz, pois já sei que sou capaz de cair, me congelar e recomeçar...
Ficarei feliz por ter momentos de infelicidade, estarei maior e mais forte, por ser infeliz e depois serei vitoriosa, por descongelar... Obrigada.
Música> Ainda bem, Marisa Monte.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Crises do ‘não ser’.

 
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Era tarde da noite e na cama ela se perdia em pensamentos que não queria ter, seus pés estavam gelados e seu corpo quente, sua mente fervia e seu coração queimava. Era fogo, aqueles que ardem sem se ver.
Decidiu sair daquela agonia e minutos depois, na sacada do seu apartamento, estava fumando um cigarro em plena madrugada paulistana no frio da terra da garoa.
Enquanto fumava, tentava pensar sobre os seus sentimentos “como estava de saco de cheio de tudo, todos; na verdade, mais de si do que dos outros”. Inconformada, seria uma boa palavra para nomear um dos sentimentos que tanto a angustiava, queria mais daquela sua pobre vida, não queria ser malvada com Deus e dizer a ele que tudo estava dando errado, por que não estava, algumas coisas estavam no seu devido lugar, algumas relações iam bem, mas e aquela sensação estranha e inquietante que sempre a visitava?
Poderia ser qualquer hora da noite ou do dia, geralmente durante a noite, ela sentia vontade de ser mais do que parte de uma simples rotina “tudo bem, estava ficando velha...” Velha demais para ter crises de existência, velha demais para se sentir fora da velha moldura da sociedade, velha demais para dizer: sinto-me excluída pelos fatos normais e corriqueiros da vida. Velha demais...
Era um sentimento de liberdade que lhe estourava no peito, era uma vontade louca de ser mais um cidadão sem casa no mundo, ser do mundo, ser de todos os países e raças, apenas ser da estrada uma boa estrada com um carro, amanhecer o dia em cada lugar do mundo, sem rotina, sem horários de almoço e saída, sem neurose, sem chefe, sem pessoas para agradar ou relacionamentos para ter, sem...
eu sinto isso?” sempre se perguntava. Pois doía, tanto, tan-to... Seu coração latejava de dor por querer ser mais do que apenas era... E por mais que amasse sua família e alguns amigos, tinha vontade de largar tudo, de pegar a sua câmera e uma mochila e sair por ai fotografando e falando sobre cada canto escuro e claro desse mundo. “Têm tantas coisas para se conhecer...”.
E no final daquele cigarro sentia-se mais calma, mas não menos ansiosa, mas não menos cansada de tudo, mas não menos sossegada, mas não menos apreensiva, mas não menos...
Deixa pra lá” e apagou o cigarro... Afinal, amanhã era outro dia, mais um dia...
 
 
 
 
 
Obs. Não incentivo às pessoas a fumarem. Aliás, eu não fumo, é apenas uma característica dos meus personagens. ( fica a dica) Bjs.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Dos tempos, os piores são os que não podemos colocar no calendário.



Ainda não sou tudo que gostaria de ser. Ainda falta ser muitas outras coisas, mas ainda amo você. Nossa! Mais do mesmo, sempre soo, até mesmo para os meus ouvidos que já estão cansados, repetitivo. Sou repetitivo.
É sempre a mesma música, a mesma garrafa daquela velha bebida, os mesmos pensamentos sobre nós sobre como tudo veio e deu errado, como os problemas esmagaram os nossos sonhos? Como deixamos tudo que era lindo transformar-se em algo insuportável? Você costumava gostar do som da minha voz ao pé do teu ouvido bem afinado enquanto fazíamos música freneticamente em cima da cama dos seus pais. Como acabamos com nossa música, meu amor, como?
Enquanto me embriago mais um pouco, só mais um pouco... Lembro-me do teu sorriso e de como você sentava no meu sofá para contar como foi o teu dia e às vezes, eu confesso, apenas fingia escutar. Me perdoa?
Tive que ir pelo caminho da escuridão e menos sóbrio, porém, consciente dos meus erros, tenho certeza que errei. Sempre sei o que sentimos e do que se passa por esse nosso mundo. A pior besteira que fiz foi deixar você ir embora sem ao menos tentar me explicar, sem correr atrás das suas pernas, sem gritar no teu ouvido palavras de perdão. Eu tive orgulho o mesmo que brigo até hoje, mas não posso continuar a ser mais um homem que briga com seus sentimentos e que é facilmente dominado pelo orgulho, pelo ciúme e preconceito, não posso. Eu quero mudar, por você quero ser algo melhor, menos ciumento e mais sóbrio.
Ainda é tarde? Já é tarde no seu tempo? Já passou a nossa época?
A pior parte de ver esse tempo passar é que não está em nenhum calendário qual é o tempo certo e se o tempo ainda existe, porque de um dia para o outro pode ter passado muito tempo e às vezes de um ano para o outro não se passou nem minuto se quer, pois ainda sinto teu cheiro na minha cama, no meu sofá... Então, não sei dizer se minha voz ainda pode ser a melhor para os ouvidos, não sei se o amor que você costumava sentir ainda está dentro de você... Tempo onde posso saber se você ainda é o mesmo que nos uniu, quero saber se você mudou depois desse tempo que nos separou.

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domingo, 17 de junho de 2012

É loucura te pedir do mesmo jeito que loucura não dizer.

 

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Sou mais do mundo do que de qualquer outro amor que tente me possuir. Sou da liberdade, da terra seca na estrada quente e o teu amor que às vezes possuo noutras apenas uso.

Sou dessas de meio dia, meia lua, de às vezes ou de quase nunca. Sou o nunca que sempre pode acontecer do teu beijo a me envolver, dos teus braços para me segurar. Da sua cisma em sempre me querer um pouco mais ou mais um pouco, na verdade, tanto faz. Sou isso tudo que você quer e que vicia cada vez mais quando tem e quer mais ainda quando sabe ( ah como sabe) que não pode ter, não para sempre.

Pudera você, ser para sempre, ser tudo como no faz de conta, mas que fosse de verdade sem leis banais, sem rotina que mata, sem tempo que judia apenas acaricia, apenas toma conta do nosso amor que é apenas seu. Da nossa história, que é só sua. Não da amor, não da pra ser feliz desse jeito ai que você quer, não sei viver todo dia com feijão e arroz cadê o dendê? Cadê tudo que a noite me traz, cadê a minha liberdade de ser eu apenas eu, sendo eu assim tão instável, volátil, inconstante...

Não me prenda amor, eu peço.

Não me mate, eu quero dizer.

É tão bom ser só sua. É tão bom ter que ser só eu.

É tão simples pra decidir quando sou eu no singular.

É tão complicado quando somos nós no plural dois sujeitos e vários verbos e adjetivos.

É tão...

Queria ser de segunda a segunda tudo que você quer ser rotina e perfeição, não ser tão assim, vários de mim, várias pessoas, vários sentimentos. Mas sou assim, difícil, complexadamente complicada e um ser tão sombrio para se entender. Um ser que faz piadas de todas desgraças, ri quando é pra chorar e quando é para rir filosofa, olha só no que você quer se envolver...

Quero dizer, peço para o teu coração lhe dizer: por favor, não me ame. Pelo menos, não tanto quanto eu amo você, do meu jeito mais doido possível de amar, do meu jeito mais torto e esquisito e esquizofrênico de te querer, eu peço fique no seu mundo em paz, procure um novo coração que coma, todos os dias, arroz e feijão e consiga ser tudo o que você quer, no plural e com apenas um verbo amar na situação, mas que seja de segunda a segunda todo o amor do mundo.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Tempo pra viver e outro para correr.

Às vezes parecia
Que de tanto acreditar
Em tudo que achávamos
Tão certo...

Quando pequena corria pela casa. Na cozinha a música das panelas mais o cozinhar de sua mãe no fogão era o ritual de todos os dias, enquanto a pequena brincava que aquela humilde casa poderia ser um castelo ou apenas o que lhe viesse em mente. Na garagem o pai tentava arrumar um carro que era quase parte da família, debaixo do velho motor ele dizia- Não corra por aqui! Têm ferramentas para todos os lados!- quase brigando, mas quase também querendo dizer que conhecia a filha e sabia que a pequena vivia com a cabeça no mundo da lua. Como era bom viver.

Teríamos o mundo inteiro
E até um pouco mais
Faríamos floresta do deserto
E diamantes de pedaços
De vidro...

Era tudo um faz de conta, era tudo de verdade e tínhamos tempo para tudo. Tempo para ver os olhos um do outro no café da manhã e saber sobre os sonhos e pesadelos que tivemos durante a noite. Era mais fácil surgir uma conversa sobre qualquer coisa, sobre qualquer pessoa, mas a pequena sentia-se mesmo feliz quando fingia estar dormindo e do sofá o seu pai a pegava no colo, tarde da noite, e a levava para quarto enquanto dizia para sua esposa- nossa pequena está ficando grande para os meus braços! Mas não me canso de carrega-la, pois sinto alegria em saber que ela ainda está aqui correndo por essa casa, rindo e fazendo de conta com tudo. A pequena sentia alegria em ver alegria nos seus amados pais. Era bom demais.

Às vezes parecia
Que era só improvisar
E o mundo então seria
Um livro aberto...

Não precisavam de muitas coisas, nem muitos motivos, ela não precisava de muitos brinquedos para ser uma criança feliz, sua felicidade estava em deitar na cama e escutar o som da casa, sua mãe cantando enquanto limpava algum cômodo da casa ou quando seu pai procurava por algum livro – Onde está aquele livro, sabe Amélia? Aquele que comprei naquela nossa viajem... – A pequena do seu quarto ria, ria com o livro em mãos que seu pai procurava, era um livro velho, cheio de anotações sobre uma viajem que seus pais fizeram a Europa antes de se casarem, a pequena gostava parecia que estava lá, sem ser convidada e essa era a melhor parte.

Como era gostoso viver. Escutar o som da casa. Escutar o som dos pratos sendo lavados. Do carro sendo arrumado. Escutar seus próprios passos rápidos pela casa. Ver a casa nova ficar velha. Ver sua mãe limpando enquanto conversava com uma planta ou outra. Sentir o beijo suado do seu pai depois que chegava de um dia daqueles no trabalho. Era tão doce aquela rotina. Era tão viciante viver feliz, simples e humildemente. Era tão... Perfeito.

Até que um dia descobriu porque corria tanto, porque nunca parava quieta. Corria tanto aquela menina, aquelas pequenas pernas... Um dia, depois que cresceu descobriu que corria para fugir do tempo, que vinha depressa para lhe pegar, lhe fazer moça e deixar pronta uma mulher, com sua própria casa e sua própria pequena.

Tenho o que ficou
E tenho sorte até demais
Como sei que tens também..

 

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Música: Andrea Doria- Legião Urbana

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Seguir.

 

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Faça de seus belos textos as minhas amargas palavras. Vá, corra e conte para o mundo que eu disse não, recusei tudo, recusei o mundo, disse não para o amanhã e ainda ontem chorei por você. Vá meu pequeno menino, vá. Corra pelas estrelas, pelo tempo ou espaço vá lá viver tua vida e conte a minha, nossa história para todos conte sobre nós sobre como foi fácil fazer meu coração amar você, como eu me apaixonei perdidamente e não soube para onde ir ou em qual chão pisar, depois que você me deixou, disse adeus e pediu para sermos amigos. Amigos! Como? Era mais fácil dizer- Minha menina eu irei terminar com você e não quero a sua amizade, é melhor assim já que você não vai resistir quando me vir com outras e falando delas para você, já que você sempre vai querer um abraço e eu vou ter algumas recaídas, mas por carência, não por amor. É melhor assim, faça o que achar melhor e então, adeus.

Eu escolhi o melhor... Ou quem sabe apenas continuei de onde paramos, terminamos, mas ainda amo você.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Dos males o pior.

 

“Acendi mais um cigarro antes de sair da cama. Seus olhos ainda estavam virados para a janela quando me levantei e fui até o banheiro. Quando voltei, ele ainda estava deitado só que agora estava me observando. Enquanto terminava de me arrumar ele deu um jeito de me deixar inquieta e sem graça ao ponto de lhe perguntar: O que foi?. – estou te olhando...- Ele respondeu com uma voz baixa e cansada e por alguns momentos eu fingi me importar com o que ele estava pensando: O que você está pensando?. Então, ele sentou-se na cama e continuou me observando- Você é linda demais para fumar. Na hora que ele disse eu estava terminando de colocar os meus sapatos, levantei da cama e o encarei: Bonita demais? E se eu fosse feia, poderia?. Ele balançou a cabeça, sem jeito; levantou da cama e caminhou em minha direção dizendo- Quando vai ser de verdade? Esse nosso lance. Quando vai me encarar nos olhos enquanto fazemos amor... – Nós transamos!- eu disse. Ele se assustou e se aproximou ainda mais- Tem medo de me amar?. Eu o encarei. Tão lindo, mesmo de cueca ainda parecia elegante, mesmo com os cabelos bagunçados e com a cara amassada. Eu dei as costas e fui em direção a porta e disse: Eu teria que ser capaz de amar para poder ter medo...”

 

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domingo, 27 de maio de 2012

Bons sonhos.

 
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Ontem à noite te chamei, lá de fora gritei o teu nome no portão da nossa casa.
Você veio com um andar cansado como se dissesse com os passos que dessa vez eu forcei todas as bases da nossa amizade, veio se arrastando sobre as pequenas pedras entre um jardim e outro, mas chegou, finalmente para abrir o portão. Quando tive espaço para entrar me joguei em seus braços quentes, você não esperava por isso, mas me abraçou. Me abraçou querendo dizer que eu não poderia mais fazer isso, chegar no meio da noite e gritar teu nome, vir sem ao menos avisar, agora você tinha uma vida! E eu não estava nela.
- Mas este é o nosso sonho!- reclamei pelos meus direitos como uma boa sonhadora.
Ele concordou com a cabeça, mas depois de olhar para trás para verificar se não vinha ninguém disse- Eu sei, é nosso sonho, mas minha princesa muito tempo já se foi, eu imagino o quanto foi difícil para você depois de tudo, depois de nós, eu sei do seu sentimento. Eu respeito você, mas não podemos ficar juntos sempre que a saudade se faz presente no seu coração, não posso curar suas feridas sempre que elas ficarem inflamadas...
Ele parou de falar quando me viu chorar. Eu chorei igual uma criança, novamente, na frente dele. Por mais promessas que tenha feito para mim não aguentei as lágrimas pesadas, eram mais fortes do que eu.
- desculpe- ele sussurrou ao me abraçar novamente.
Já tínhamos vivido isso quando acordados e eu não acreditava que estava passando por isso mais uma vez.
- Você sabe que faço isso por você... - tentou explicar.
- Eu sei- comecei a dizer- eu sempre sei. Sei que você me faz um mal danado, sei que não é pra ser, sei que não da certo. Já é rotina pensar em você todos os dias, lembrar pelo menos de alguma coisa que fizemos juntos ou pelo menos contar nos dedos das mãos há quando tempo você está no meu coração. Eu te amo demais. Sei que você tem uma boa vida, imagino que tenha, eu sempre oro por você desejo sempre coisas boas, mas é que às vezes não dá sabe? A saudade vem com tudo e acaba com todas as barreiras que demoro anos para construir, também estou cansada disso de sempre voltar para você. Mas tenho saudade. Muita saudade.
Ele não desgrudou de mim, ficamos ali abraçados até nossos corpos acordarem, naquela manhã eu acordei mais cedo e quando abri os olhos ainda sentia o cheiro dele.
 
 
Shed a tear cause I'm missing you
I'm still alright to smile
Girl, I think about you every day now
Was a time when I wasn't sure
But you set my mind at easy
There is no doubt you're in my heart now
Patience-Guns n roses

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Perder sem concorrer

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Não era mais sobre a mesma canção, sobre as dores ou sobre como eu estou.

As preocupações não eram as mesmas, as dores já não eram mais passageiras, o novo já se tornara velho e o que eu desejava... Já não de desejava tanto assim.

Os dias não eram esperados, as novidades não precisavam ser contadas, não tinha pelo que ou quem procurar, já encontrara. Já estava aqui há muito tempo, há muito e muito tempo.

A timidez tornara-se algo a ser discutido, te perdi por medo de ganhar e perder. Te perdi sem ao menos possuir. Te perdi por ter pensamentos previsíveis. Te perdi pois tudo em minha mente começou, teve meio e terminou. Sem mais nem menos você vai ir, vai se ocupar, vai conhecer alguém, as novidades vão passar e o sexo não passara de mais do mesmo. Te perdi.

Seus olhos quando virão os meus.

Suas mãos sobre o meu olhar.

Som da sua voz transformando-se em música.

Sua beleza sublime, discreta e marcante em meus pensamentos.

Teu olhar.

Teus vários olhares sobre meu corpo.

Teus vários olhares sobre minhas mãos, minhas pernas, minha boca.

Eu perdi.

Perdemos.

Por medo demais. Por estarmos escaldados demais.

De uns dias para cá nada mais começa a fazer sentido, não recebe importância e tudo parece estar mais sem cor, do que de costume. Não tem como escapar do “Se” Se eu tivesse falado mais, me expressado mais, me interessado... Deixei você ir, entrar naquele elevador, me sorrir ao dizer “Até mais”.

Destino me diz como encontrarei o acaso, para por acaso encontrar aquele homem? ...

sábado, 19 de maio de 2012

Transborda.

 

 

Agora não da mais, a dor que sinto me corrompe, esta me matando aos poucos e aos poucos estou morrendo. Desespero seria palavra certa para definir o estado de todos os meus sentimentos. Sinto sua falta. Hoje, mais do que nunca, mas do que jamais imaginei sentir por alguém, eu sinto sua falta. Com todas as letras, com todos os espaços entre um minuto e o próximo, todos os dias... Está doendo e eu sinto que estou adoecendo.

 

 

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quarta-feira, 16 de maio de 2012

Deve ser saudade


Ele entra em casa coloca as chaves sobre a mesa da cozinha e corre para a geladeira. O telefone toca. Enquanto come um pedaço de bolo de fubá corre para atender ao telefone a voz do outro lado da linha é da secretária eletrônica. Ele aperta o número um para escutar a mensagem: Outro dia você me encostou na porta do seu guarda roupa. Beijou meus lábios, sentiu com as pontas dos seus dedos os fios do meu cabelo enrolado, sentiu o gosto do meu corpo amargo e quis mais. Pediu por mais. Disse que me amava enquanto mordia os meus lábios, enquanto seu corpo estava sobre o meu, enquanto suas mãos geladas descobriam o meu corpo, enquanto eu te beijava, te sentia, sentia teu gosto doce, viciante. E eu quis mais. Quis teu coração, seus planos para futuro e você, dentro de mim. Eu te desejei ardentemente. Depois seu sorriso preencheu o vazio do meu coração enquanto meus olhos se encantavam com você e o seu jeito de falar, com a sua risada grossa... ...conquista-me, amo o som da tua voz... Outro dia desses estávamos juntos... Outro dia desses tive esse mesmo sonho.
Desligou a secretária eletrônica e jogou-se no sofá. Seu coração estava pesado, dolorido, faltava ar... E por alguns segundos pensou em ligar para a Duda... Pensou... Lembrou...





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domingo, 13 de maio de 2012

Naqueles momentos de epifania...

 

 

Uma música qualquer de ópera toca na minha antiga vitrola, era da minha avó. Não a conheci, mas ela deveria ter um bom gosto musical, meu avô sempre dizia “apaixonei-me por sua avó pelo seu belo gosto pela música”. Ele dava aulas de piano. Enquanto eu tirava mais um cigarro do bolso da minha jaqueta uma mulher cantava com uma voz fina e profunda, eu estava emocionava, não soube distinguir se era pela voz ou pelo meu estado mental. Tudo estava confuso. Era tarde da noite e eu ainda não pegara no sono e restavam apenas três horas para eu levantar, se estivesse dormindo, e ir trabalhar. Eu não estava com sono. Eu não queria estar com sono. E minha cabeça doía. Doía. Doía. Era uma tragédia. Eu sabia de todas as coisas, sabia com o que estava lutando, sabia que me fazia mal, amar você me faz mal, sabia que sua presença me perturba, que seu olhar me incomoda que seu corpo me intriga me puxa, me domina. Eu sei. Cansei de dizer a mim, cansei de dizer a quem quisesse ouvir “eu sei tudo isso”. Mas eu quero. Eu te quero. E te quero tão bem... Te perdoo por qualquer coisa que você se arrependa, te perdoo mesmo sem você ter noção de que errou, de que me machucou. Eu te perdoo e te amo. Não sei carregar mágoas comigo, não sei não te querer, não sei não querer teu beijo. Já não consigo não ser mais clichê. Eu sou clichê. Sou poeta, meu amor por você é eterno e me condeno, quero me condenar a sofrer por toda eternidade pelo seu amor que não possuo...

 

 

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sábado, 12 de maio de 2012

Se pudéssemos.


Era mais que querer. Liberdade dentro de mim. Gritava em mim. Aguçava todos os cantos do meu corpo. Todos os poros. Estava eu fazendo tudo aquilo que um dia desdenhei? Estava eu querendo comprar tudo? ... Naquela parte da vida que você se vê fazendo tudo que um dia disse que nunca iria fazer. E se sente bem. Muito bem. Se sente presa. Sufocante.
Ah santa inveja é esta que tenho, é esta que levo comigo no coração, de segunda a segunda. Invejando as pessoas que levam de boa uma rotina. Que levam numa boa essa vida comum. Não que eu não goste. Não que eu esteja fazendo pouco caso de tudo, meu Deus! Agradeço por tudo tenho, mas tenho saudade de tudo que penso que quero, que desejo: Uma mochila, um bom som, uma boa câmera e o mundo. Ah eu e o mundo. A estrada. Um diário de bordo... Eu e meu carro na estrada, meus pés em um pedal, meu corpo e um dia lindo de sol e vento frio...
O amor pede pra eu ficar. A liberdade me chama. Talvez não seja a hora, talvez não seja o momento, talvez tudo e a mesma coisa, talvez tudo isso seja uma desculpa que crio para dizer que agora não da Liberdade, não enche. Talvez, tanta coisa...


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terça-feira, 8 de maio de 2012

Pesado demais.

Hoje eu senti sua falta, mais do que nunca. Tive vergonha de encarar meus olhos no espelho gelado da vida. Tive medo de sentir novamente, mas senti tudo, tudo outra vez. Senti saudade de você, da facilidade que era conviver com você, de tudo que foi e que poderia ser. Não sei se a minha solidão ajudou ou se meus sentimentos acordaram por você. Mas não me canso de me perguntar como será que você está? Se você está feliz... Como eu queria te abraçar. Agora, o ar parece ser pesado demais para passar pelos meus pulmões, todas as relações parecem falsas, todos são desinteressantes. Eu só queria sentar em um canto e assistir nosso filme quantas vezes eu quiser. Ver-me. Ver como eu era mais feliz ao seu lado com seu amor...

'll still be thinking of you

And the times we had baby

Guns n roses- don’t cry

 

 

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sexta-feira, 4 de maio de 2012

Pode ser que aconteça

 

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Um olha sério no espelho, mostrando o teu reflexo que dizia coisas ao seu ego era hora de usar a tua liberdade. Com os olhos sobre o relógio, sobre os ponteiros: grande e pequeno. Com as chaves do carro sobre as mãos, com seu corpo sobre o banco do carro e a com estrada como sua passageira. Era noite. Era tarde da noite. Com um cigarro entre os lábios, com fumaça em seus cabelos, com liberdade. Ela segue. Com liberdade. Ele pilota. Com liberdade.

Hey, all you people that tryin' to sleep…♪

Ali dentro não existia espaço para mais ninguém seus planos e sonhos ocupavam todos os bancos, todas as brechas que o oxigênio deixa, até o silêncio entre cada palavra dita era ocupado pelos seus planos misturado com sentimentos e angustia. Ela tinha uma daquelas crises de “passado” e às vezes tudo que estava enterrado saia para dar um passeio. Um belo e longo passeio. Ele também tinha alguns pensamentos pesados e uma garrafa extra de uísque.

I'm out to make it with my midnight dream, yeah,

Eles poderiam um dia se encontrar, mesmo que algumas vezes ela andasse como homem e ele chorasse como mulher. Mesmo que tanta coisa fosse trocada. Mesmo que ela tivesse um cachorro e ele um gato. Mesmo que ela lutasse boxe e ele adorasse culinária.

'Cause I'm a back door man.

The men don't know,♪

Estamos todos dirigindo por ai, preenchendo o silêncio entre as palavras, falando rápido demais para não sobrar espaço... Um dia desses aconteceu de eu parar o meu carro ao lado do teu e uma mesma música tocar para nossos ouvidos encantar, para o silêncio dizer o que precisava ser dito, para você me dar um sorriso e eu te lançar sorriso sério pelo espelho, retrovisor; enquanto o meu carro desliza pela pluma dessa nossa estrada... E será um momento, igual aqueles que a gente lê nos livros, quando o Destino tira a capa da invisibilidade e prova a sua existência...

But the little girls understand.

All right, yeah.♪

 

Música:  Back Door Man- The Doors.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Produto em falta.

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Tenho sido milhões de vontades e desejos.

Vivido de combustíveis que poluem a minha mente.

De prazeres que me deixam mais capitalista.

Tudo isso junto.

Um pouco temperado.

Um pouco sonorizado.

Só para disfarçar a falta que me faz todos os sentimentos que tinha por você.

Nada sobrou.

O que ficou foi o Vazio e eu o trato bem.

Não pensar não é problema, esta fácil não pensar, está fácil não sentir, está fácil passar pelos dias, está fácil dar um passo, mas não está fácil fazer tudo isso sozinha.

Não está tudo beleza, não esta tudo uma joia, mesmo não acreditando nas cores que colorem as atitudes de quem se ama, mesmo sendo tão feminista, tão centrada, mesmo não tento lápis de colorir, mesmo sendo objetiva. Tenho lá as minhas vontades de crer, vontade de se deixar levar, vontade de ser assim “igual a todo mundo” logo que sempre me senti diferente, sempre disse que comigo ia ser diferente, estarei desdenhando? Quero mesmo comprar?

Como disse está fácil de levar, uma oração ali e outra aqui, mais algumas horas de sabedoria..

Alguma coisa, que deve ser a minha FÉ, me leva e me guia, passa a mão sobre a minha cabeça e me diz “fica calma, fica tranquila”.

Antes era a agonia, saudade, poemas de amor, frases soltas sobre como isso me faz lembrar de você ou aquilo que dizíamos... Ou coisa e tal, tal e coisa...

Agora... Nada resta, nada lembra...

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Diagnostico

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Respirei fundo e pensei... Ainda continuo errando, mesmo não amando mais você, continuo rezando por você todas as noites e desejo de coração que a sua vida esteja confortável que os dias sejam macios com os seus sentimentos e peço, egoisticamente, que um dia eu possa encontrar você. Dar aquele abraço, aquele sabe? ( não se lembra, eu sei) mas a primeira vez que saímos eu já gostava de você, quando saímos do cinema você me abraçou e ficamos um longo tempo assim “eu gosto do seu abraço” você surrou, era exatamente o que eu queria escutar e eu também confessei, finalmente “eu também gosto do seu abraço”.

Faz muito tempo que eu não dou valor a um abraço.

Queria sentar com você na frente daquele lago, sabe aquele lago? Aquele em que passamos uma tarde juntos conversando e resolvemos voltar, você me beijou e depois me levou para casa. Gostaria de voltar lá com você e em uma tarde de sol para de baixo de uma sombra conversamos, eu poderia ver seu rosto de perto mais uma vez, ver se você já tem alguns fios de cabelo branco, como está a sua família e aquele papagaio da sua mãe, o Billy, ainda está vivo?

Será que daríamos muitas risadas?

Tenho uma teoria, ver você seria uma prova final, o diagnostico. Às vezes prefiro não saber e me declarar como “não amo você, foram bons momentos, mas já passou, superei”.

Você me ensinou tantas coisas...

Então, respirei e pensei... Ainda continuo errando, mesmo não amando você, continuo me perdendo em pensamentos, escrevendo sobre você... Talvez, eu continuo te amando...

quarta-feira, 25 de abril de 2012

A história que não deu certo

 

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Os nossos passos foram filmados por muito tempo e o nosso destino poderia ser traçado facilmente, mas como diz a lenda, o que é fácil, para nós, não tem valor. Era uma história perfeita, clássica dos filmes Americanos. Eu gostaria de ser a amiga de infância, a vizinha que brincava com você, que te viu crescer e um dia nos apaixonamos, a nossa adolescência seria compartilhada de momentos impares, meus e seus. Um namoro escondido e depois revelado, anos ao seu lado e seriamos um daqueles casais que não existe um sem o outro, teríamos uma música, algumas brigas e vários momentos inesquecíveis, você seria o primeiro e o único, eu seria a garota certa, a amiga, amante e namorada.

Mas se um dia eu não tivesse me apaixonado perdidamente por um cara e entregasse todo o meu primeiro amor para ele, se eu não tivesse gastado os meus momentos inesquecíveis com ele, se ele não tivesse se tornado o amigo, amante e namorado, e depois de um tempo, ‘o cara que acabou com o meu coração’.

Se... Se... Se tantas e tantas coisas. Um amor, e não qualquer amor, aquele amor de verdade que você sente queimar o coração, que não é apenas sexo é também sexo e pegar na mão depois de um dia ruim e se sentir feliz por aquela outra mão ser daquela pessoa que te faz sentir feliz, satisfeito, aquela pessoa que você sabe que pode contar e é claro essa pessoa só existe assim, pois você acredita como eu acreditei quando encontrei o ‘meu cara’, em amor, aquele amor eterno; em fidelidade e lealdade. Depois que o cenário é desfeito, aquele do ‘primeiro amor’, o que vier depois é apenas um esforço para acreditar. Se não fosse tudo isso meu amor, meu caro amigo na verdade, nós seriamos perfeitos um para o outro.

Mas não vai ser dessa vez, não nessa vida.

domingo, 22 de abril de 2012

A carta que não te entreguei.

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Lentamente eu aprendi a amar-te.

Constantemente, a cada dia. Após cada aborrecimento veio uma prece, um pensamento mais humano, uma Fé mais raciocinada. Minuto após minuto, procurei por minhas forças, descartei as chances de ir à loucura e rezei por nós, por você, por mim.

Não foi fácil. Foi um desafio que impus. Foram limites que estabeleci e limites que superei. Foram dias amargos de busca por compreensão. Guardei a paciência, sempre que esta se alterava, perdia o controle e se esbaldava em reclamações, xingamentos e descontrole.

Mas aprendi. Depois dos dias de alegria, das novidades, primeiros beijos e a transa perfeita. Depois que a paixão se foi, a cerimonia acabou e o amor bate a porta de mala e cuia com crises de três e sete anos. E eu o recebi, por nós, por você e por mim.

Fiz todas as lições, fui clara e objetiva em todos os olhares, me expressei ao máximo em nossos beijos, me abri de corpo e alma para emanar todo o amor que há dentro de mim. Eu te entreguei um coração reformado pelo amor que sempre te pertenceu, pela paixão que você me deu e eu a modifiquei, a eduquei, alimentei, briguei e aconselhei. Meu amor, aqui está o nosso amor. Não permita que ele morra, que se desgaste, canse, perca vida, cor, cheiro e tesão. Pois somos nós. Nesse amor, nesse pequeno e abrangente sentimento, chamado amor.

Obrigada por mais um ano ao seu lado.

Obrigada pelos beijos e abraços, por carinhos, pelo teu afeto, por você estar aqui comigo, obrigada por ‘estar’, sempre presente, constantemente e intensamente. Obrigada, por aprender diariamente a me amar, por fazer todos os deveres, por me perdoar todas às vezes, me afagar e cuidar de mim.

Eu te amo. Hoje, amanhã, para sempre e mais um fim de semana...

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Pra chegar

 

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Estou suspirando.

E você ainda  não chegou.

Mas eu sei que está pra chegar.

Tô sentindo vontade você.

Já nos vejo. Já nos sinto.

Estou feliz, ainda nem aconteceu.

Mas estou feliz.

domingo, 15 de abril de 2012

Ou era tudo a mesma coisa...

 

 

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Era o mesmo sonho ou os dias eram iguais.

Era a mesma vontade, mesmo motivo e sempre a mesma justificativa.

Eram os mesmos pensamentos maçantes e sonolentos.

Era o mesmo sentimento batendo cada vez mais forte, querendo sair do peito, ultrapassar o corpo, o sentimento queria ser, queria vir, queria estar.

Era sempre no mesmo horário, a mesma dor, a mesma comida, o mesmo pecado: preguiça.

Ou os dias eram iguais ou era sempre o mesmo sonho, o mesmo velho de barba lhe ensinando sobre um livro de capa amarela era sempre muitos cigarros muita fumaça e o cheiro, ah aquele cheiro quando acordava pelas manhas, aquele cheiro de cigarro.

Era a mesma vontade, louca( que gritava -ensurdecedoramente) de ter sido melhor, de ser melhor, de não ser uma daquelas pessoas que deixam tudo para a última hora, mas sempre arranjava uma desculpa de para ser daquele jeito, sempre dizia que fulano no seu lugar também teria deixado para última hora, teria pisado na bola, teria feito de qualquer jeito.

Eram os mesmo pensamentos sobre como a vida dele deveria ser melhor que a sua “ era só o que me faltava” reclamava “depois de despachar aquele amor, ficar agora com pensamentos maçantes de como será que ele está se saindo? Sua vida é melhor ou não que a minha?”- pensava sonolenta, antes de dormir ou antes de comer, tudo era motivo para duvidar do sucesso da própria vida. ( sentimentosHavia mesmo fracassado? Sentimentos Era um fracasso ambulante? A metamorfose sentimenosque não deu certo?) Pois era o mesmo sentimento batendo cada vez mais forte viver viver viver

preciso” seu corpo pedia, viver! querendo sair do corpo, ultrapassar a epiderme e as janelas do quarto, Viver queria ser mais do que pulsações, queria ser o que foi feita para fazer, queria vir para fora e estar presente na vida daquela moça.

Era sempre no mesmo horário, depois daquele dia mórbido, depois de batalhas hora por hora, questionamentos e às vezes, quando tinha sorte sorria quase sem querer, fingindo ou não, tinha lá seus momentos de alegria. Mas depois, no mesmo minuto daquela tal hora sentia aquela dor, naquela parte do cérebro que nos cobra os sonhos que tivemos, que nos mostra tudo que largamos e desacreditamos, e como se não bastasse nos mostra que “você não era assim, porque desistiu disso? Porque, se achou estranho? Saiu da moda? Quem te fez acreditar que isso não era possível?” como doía essa parte, como latejava em sua mente, seu corpo tornava-se mais pesado quase não conseguia carrega-lo, como era maçante, agoniante aquela dor...

Até que caia no sono... Ou acordava. Ou dias eram iguais ou era sempre o mesmo sonho.

domingo, 8 de abril de 2012

Conseguira o impossível, ser sua própria criptonita

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O Tédio tinha uma maneira estranha de lhe visitar, ao tocar seus lábios fazia um convite ao desespero, como era doce, o gosto de autodestruição.

Tinha, às vezes, uma vontade ( bem distante, é verdade) de levantar da cama e seguir em frente, ser diferente, fingir ter mais Fé do que realmente aparenta, ser maior do que o seu imaginário construia, ser mais... Ser mais do que planejava (estava tão cansada, mas tão dolorosamente, cansada de planejar e planejar). Mas não conseguia pegar aquela vontade, traze-la para perto de si, era mais uma amizade que não conseguira manter, era mais um relacionamento que nascera e morrera. E a vontade continuava longe.

O asfalto da rua já estava quente, as pessoas já estavam almoçando e a maça, que sua mãe deixara na mesa, já estava passada, o dia estava agitado lá fora estava próxima a chegada do entardecer. E o tédio tinha uma maneira estranha de lhe visitar.

Sentia que estava dando um jeito de nada dar certo em sua própria vida, conseguira o impossível, ser sua própria criptonita. Às vezes, quando conseguia abrir os olhos avistava o céu o azul e quente, conseguia escutar os pássaros nas árvores, alguém que passeava de moto ou alguma criança chorando, sem querer ir para escola. “Saudade dessas pequenas preocupações”. Porque somos assim? Por que às vezes nos boicotamos? Porque estragamos certos privilégios que só dependem de nós?

Seu corpo doía, seu estomago, sua cabeça, seus olhos. Menos o coração.

Talvez, depois de tanto tempo lutando contra os pensamentos, aos encontros casuais, as borboletas no estômago e os desejos do seu corpo, era hora de aprender a se acostumar a não lutar mais, de não ter mais pelo que lutar e aceitar a nova vida ‘ ter um coração com mais espaço, depois que o amor dele se foi’.

Acabaram as lutas, os bons pensamentos, todas as borboletas foram para outro jardim (para alguém que as trate melhor). Era hora de comemorar a guerra, afinal, ela havia vencido. Mas por que não sentia o gosto amável da glória? Por que não estava feliz? E ao tocar seus lábios, com a ponta da língua, ela sentiu o gosto doce, como era doce o gosto da autodestruição e naquele momento, desejou, ter morrido de amor.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Os opostos, neste caso, não se atraem.

“I had to find you, tell you I need you

And tell you I set you apart

Tell me your secrets, And ask me your questions

Oh let's go back to the start”

Se um dia não formos pessoas normais, que moram em suas casas perfeitas e se vestem adequadamente. Se um dia você acreditar no amor, e depois, se desiludir. Se um dia seu coração for partido, por uma amizade que você acreditou que era verdadeira. Se um dia você não tiver mais pesadelos. Se um dia você não tiver vontade de ligar para aquela pessoa especial. Se um dia você fizer todas as coisas certas não sentir preguiça de arrumar o seu quarto e nunca, nunca mesmo, perder a hora. Se um dia tudo der certo e você se sentir bem com isso. Se a rotina não pesar demais, pelo contrario, se você por acaso se apaixonar por ela e sentir que “ está tudo bem”. Se por acaso tudo for perfeito...

Então eu devo lhe dizer, em segredo, quase como um sonho bom, daqueles que a gente só recorda pequenas partes durante o dia, eu lhe confesso: ‘a gente não se conheceu naquela tarde nublada’. Eu não sentei ao se lado e você não chegou atrasada, não me bateu, sem querer, com a sua bolça, e eu não te desculpei. Não começamos a conversar e você não me chamou para tomar uma cerveja, nem me deu seu telefone ou me beijou loucamente, eu não tirei a sua roupa, não dormi na sua cama e sua irmã não nos pegou transando no sofá( rsrs). Eu não amei você. Você não sorriu com os olhos ao me reencontrar, não me abraçou com seu coração e Você não me amou. E por acaso, tudo deu errado.

Enquanto na sua vida tudo deu certo, quando eu não fazia parte dela, na minha vida de um jeito bem estranho, deu tudo errado. Perder você foi à coisa mais perfeita que aconteceu na sua vida, mas na minha foi um erro. Pensei que as pessoas eram certas umas para as outras, me enganei. Você é a mulher certa para mim. Enquanto eu sou o cara errado para você. E por acaso os opostos, neste caso, não se atraem.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

O ‘felizes para sempre’ não existe ( nós sabemos)

 

Fizestes do meu mundo um palco qualquer. Com tuas várias máscaras desfilou. Com teus textos me encantou. Será apenas uma peça o nosso amor? Mais um de seus personagens que usas em algumas ocasiões? Falsas palavras de textos bem escritos? Teu amor é mais uma roupa que vestes para apresentar-te? Diga-me o que é verdade.

Enquanto meu amor corre por um rio de verdades. Sou a verdade no singular, em mais carne do que osso, em mais feridas do que beleza. Esta sou eu com a minha roupa gasta para te amar. Sem máscaras esta é a minha face, marcada por linhas traiçoeiras do passado e por lágrimas que tanto escorreram ( elas já sabem o motivo, já sabem o porquê). Esta não é mais uma personagem, esta sou eu dizendo que te amo. Não estou fazendo uma peça, estou vivendo a minha vida, você faz parte dela.

Nada é de faz de conta, ninguém aqui comeu uma maça envenenada ou perdeu um lindo sapado, não usamos máscaras nem roupas bonitas. Somos o que sentimos, falamos sobre o amor que nos domina e as lágrimas são verdadeiras, o “felizes para sempre” não existe (nós sabemos), as feridas sangram e o coração bate. Bate. E bate. Desesperadamente. Não é mais um conto de fadas. Enquanto você brinca de ser Rei ou um Príncipe, eu travo uma guerra a cada dia para não perder a cabeça, as estribeiras de não te ligar, te procurar, te querer... Enquanto, você no meu mundo apresenta mais uma peça,... Eu a assisto. Encanto-me. ( como eu te amo)... Fizestes do meu mundo um palco qualquer...