quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

O nunca.

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Assisti o brilho dos seus olhos enquanto passeava de carro com aquela garota.

Você parecia inocente, mas na verdade é tanta felicidade que não percebeu como fiquei ao ver você.

Enquanto eu sempre fui um nunca. Sempre escutava você dizendo “nunca me apaixonei, nunca vou me casar, nunca vou me envolver, nunca vou ...”

E eu ao seu lado. O Nunca.

Eu sempre fui o sujeito oculto das suas frases.

“eu nunca vou namorar”. ( com você) acho que era isso que você queria dizer.

E por mais que eu tivesse todas as qualificações, eu não passei no seu vestibular.

E uma analfabeta passou.

Será que ela leu o “pequeno príncipe?” será que ela entende de filmes? Sabe falar sobre música? Será que ela é uma pessoa estudada? – eu fico me perguntando.

Mas. Depois um de um tempo eu percebo que nada disso importa.

Você não ama uma pessoa pelo que ela sabe. Pelo que ela tem. Pelo que ela quer ter. Você não ama alguém pelos seus princípios, suas regras, sua religião.

Você ama.

Depois você a conhece.

E ai acha que ama tudo que ela ama ou que tem dentro dela.

Não importa que planos você faça. Quantas “nuncas” você vai dizer. Vai chegar alguém e mudar tudo.

Trocar o nunca pelo sempre.

E nada mais vai importar.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Eu queria ser

 

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Queria ser mais forte que meus sentimentos, mas eles sempre me dominam e quando me vejo já estou no mar deles, levada bruscamente de um lado para o outro. E a pior ressaca que tenho desse mar de fortes sensações é quando sinto ódio ou amor. Sentimentos que não da para sentir pouco e passar por eles sem levar nenhuma lição para vida terrena. Não tem como. O ódio e o amor, além de próximos são sentimentos de extremos, amor tem que ser muito, em abundância, em quantidades exageradas, o amor tem que ser maior que tudo, passar por cima de tudo e levar tudo com si, do mesmo jeito o ódio. Um bom e outro ruim, todo mundo sabe. Mas ambos, se você não souber sentir, eles te levam a loucura, a doença, a padecer. Pois, o ódio só faz mal para quem sente. O amor só faz bem para quem ama.

Pudera não sentir tanto ódio. Pudera... Quem me dera não amar demais.

Quem me dera ser inocente. Ser um ser incapaz de ver a maldade humana nos pequenos detalhes.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

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Não sobrou muita coisa por aqui. Dos seus beijos só ficou o mesmo de sempre, o gosto. As mensagens antigas que não quis apagar; as músicas, tão suas, que decidi escutar; como pude? Por todo esse tempo pensar que poderia ser para valer, que fosse de verdade, que fosse saudade e nunca mais solidão. Como pude?

Mas como disse, não sobrou muita coisa por aqui. Não temos o que guardar, jogo-me as páginas de livros, entrego-me a outras vidas, outras rotinas, a outras pessoas que pretendo, só com elas, somente e sempre, me envolver. Sei que é errado viver nessa fuga calma da realidade, mas não tenho outra terapia. Vivo naquele momento que é a hora ideal para calar, serenar, apaziguar todos os sentimos e, se por acaso você voltar, e, se por acaso outro alguém aparece com boas intenções eu sou obrigada a dizer- hoje não, agora não. Não quero sentir nada, além da paz e do silêncio dentro de mim entre o tempo de uma palavra e outra lida.

 

Foto: We heart it