domingo, 27 de maio de 2012
Bons sonhos.
segunda-feira, 21 de maio de 2012
Perder sem concorrer
Não era mais sobre a mesma canção, sobre as dores ou sobre como eu estou.
As preocupações não eram as mesmas, as dores já não eram mais passageiras, o novo já se tornara velho e o que eu desejava... Já não de desejava tanto assim.
Os dias não eram esperados, as novidades não precisavam ser contadas, não tinha pelo que ou quem procurar, já encontrara. Já estava aqui há muito tempo, há muito e muito tempo.
A timidez tornara-se algo a ser discutido, te perdi por medo de ganhar e perder. Te perdi sem ao menos possuir. Te perdi por ter pensamentos previsíveis. Te perdi pois tudo em minha mente começou, teve meio e terminou. Sem mais nem menos você vai ir, vai se ocupar, vai conhecer alguém, as novidades vão passar e o sexo não passara de mais do mesmo. Te perdi.
Seus olhos quando virão os meus.
Suas mãos sobre o meu olhar.
Som da sua voz transformando-se em música.
Sua beleza sublime, discreta e marcante em meus pensamentos.
Teu olhar.
Teus vários olhares sobre meu corpo.
Teus vários olhares sobre minhas mãos, minhas pernas, minha boca.
Eu perdi.
Perdemos.
Por medo demais. Por estarmos escaldados demais.
De uns dias para cá nada mais começa a fazer sentido, não recebe importância e tudo parece estar mais sem cor, do que de costume. Não tem como escapar do “Se” Se eu tivesse falado mais, me expressado mais, me interessado... Deixei você ir, entrar naquele elevador, me sorrir ao dizer “Até mais”.
Destino me diz como encontrarei o acaso, para por acaso encontrar aquele homem? ...
sábado, 19 de maio de 2012
Transborda.
Agora não da mais, a dor que sinto me corrompe, esta me matando aos poucos e aos poucos estou morrendo. Desespero seria palavra certa para definir o estado de todos os meus sentimentos. Sinto sua falta. Hoje, mais do que nunca, mas do que jamais imaginei sentir por alguém, eu sinto sua falta. Com todas as letras, com todos os espaços entre um minuto e o próximo, todos os dias... Está doendo e eu sinto que estou adoecendo.
quarta-feira, 16 de maio de 2012
Deve ser saudade
Ele entra em casa coloca as chaves sobre a mesa da cozinha e corre para a geladeira. O telefone toca. Enquanto come um pedaço de bolo de fubá corre para atender ao telefone a voz do outro lado da linha é da secretária eletrônica. Ele aperta o número um para escutar a mensagem: Outro dia você me encostou na porta do seu guarda roupa. Beijou meus lábios, sentiu com as pontas dos seus dedos os fios do meu cabelo enrolado, sentiu o gosto do meu corpo amargo e quis mais. Pediu por mais. Disse que me amava enquanto mordia os meus lábios, enquanto seu corpo estava sobre o meu, enquanto suas mãos geladas descobriam o meu corpo, enquanto eu te beijava, te sentia, sentia teu gosto doce, viciante. E eu quis mais. Quis teu coração, seus planos para futuro e você, dentro de mim. Eu te desejei ardentemente. Depois seu sorriso preencheu o vazio do meu coração enquanto meus olhos se encantavam com você e o seu jeito de falar, com a sua risada grossa... ...conquista-me, amo o som da tua voz... Outro dia desses estávamos juntos... Outro dia desses tive esse mesmo sonho.
Desligou a secretária eletrônica e jogou-se no sofá. Seu coração estava pesado, dolorido, faltava ar... E por alguns segundos pensou em ligar para a Duda... Pensou... Lembrou...

domingo, 13 de maio de 2012
Naqueles momentos de epifania...
Uma música qualquer de ópera toca na minha antiga vitrola, era da minha avó. Não a conheci, mas ela deveria ter um bom gosto musical, meu avô sempre dizia “apaixonei-me por sua avó pelo seu belo gosto pela música”. Ele dava aulas de piano. Enquanto eu tirava mais um cigarro do bolso da minha jaqueta uma mulher cantava com uma voz fina e profunda, eu estava emocionava, não soube distinguir se era pela voz ou pelo meu estado mental. Tudo estava confuso. Era tarde da noite e eu ainda não pegara no sono e restavam apenas três horas para eu levantar, se estivesse dormindo, e ir trabalhar. Eu não estava com sono. Eu não queria estar com sono. E minha cabeça doía. Doía. Doía. Era uma tragédia. Eu sabia de todas as coisas, sabia com o que estava lutando, sabia que me fazia mal, amar você me faz mal, sabia que sua presença me perturba, que seu olhar me incomoda que seu corpo me intriga me puxa, me domina. Eu sei. Cansei de dizer a mim, cansei de dizer a quem quisesse ouvir “eu sei tudo isso”. Mas eu quero. Eu te quero. E te quero tão bem... Te perdoo por qualquer coisa que você se arrependa, te perdoo mesmo sem você ter noção de que errou, de que me machucou. Eu te perdoo e te amo. Não sei carregar mágoas comigo, não sei não te querer, não sei não querer teu beijo. Já não consigo não ser mais clichê. Eu sou clichê. Sou poeta, meu amor por você é eterno e me condeno, quero me condenar a sofrer por toda eternidade pelo seu amor que não possuo...
sábado, 12 de maio de 2012
Se pudéssemos.

terça-feira, 8 de maio de 2012
Pesado demais.
Hoje eu senti sua falta, mais do que nunca. Tive vergonha de encarar meus olhos no espelho gelado da vida. Tive medo de sentir novamente, mas senti tudo, tudo outra vez. Senti saudade de você, da facilidade que era conviver com você, de tudo que foi e que poderia ser. Não sei se a minha solidão ajudou ou se meus sentimentos acordaram por você. Mas não me canso de me perguntar como será que você está? Se você está feliz... Como eu queria te abraçar. Agora, o ar parece ser pesado demais para passar pelos meus pulmões, todas as relações parecem falsas, todos são desinteressantes. Eu só queria sentar em um canto e assistir nosso filme quantas vezes eu quiser. Ver-me. Ver como eu era mais feliz ao seu lado com seu amor...
'll still be thinking of you
And the times we had baby
Guns n roses- don’t cry
sexta-feira, 4 de maio de 2012
Pode ser que aconteça
Um olha sério no espelho, mostrando o teu reflexo que dizia coisas ao seu ego era hora de usar a tua liberdade. Com os olhos sobre o relógio, sobre os ponteiros: grande e pequeno. Com as chaves do carro sobre as mãos, com seu corpo sobre o banco do carro e a com estrada como sua passageira. Era noite. Era tarde da noite. Com um cigarro entre os lábios, com fumaça em seus cabelos, com liberdade. Ela segue. Com liberdade. Ele pilota. Com liberdade.
Hey, all you people that tryin' to sleep…♪
Ali dentro não existia espaço para mais ninguém seus planos e sonhos ocupavam todos os bancos, todas as brechas que o oxigênio deixa, até o silêncio entre cada palavra dita era ocupado pelos seus planos misturado com sentimentos e angustia. Ela tinha uma daquelas crises de “passado” e às vezes tudo que estava enterrado saia para dar um passeio. Um belo e longo passeio. Ele também tinha alguns pensamentos pesados e uma garrafa extra de uísque.
I'm out to make it with my midnight dream, yeah,
Eles poderiam um dia se encontrar, mesmo que algumas vezes ela andasse como homem e ele chorasse como mulher. Mesmo que tanta coisa fosse trocada. Mesmo que ela tivesse um cachorro e ele um gato. Mesmo que ela lutasse boxe e ele adorasse culinária.
'Cause I'm a back door man.
The men don't know,♪
Estamos todos dirigindo por ai, preenchendo o silêncio entre as palavras, falando rápido demais para não sobrar espaço... Um dia desses aconteceu de eu parar o meu carro ao lado do teu e uma mesma música tocar para nossos ouvidos encantar, para o silêncio dizer o que precisava ser dito, para você me dar um sorriso e eu te lançar sorriso sério pelo espelho, retrovisor; enquanto o meu carro desliza pela pluma dessa nossa estrada... E será um momento, igual aqueles que a gente lê nos livros, quando o Destino tira a capa da invisibilidade e prova a sua existência...
But the little girls understand.
All right, yeah.♪
Música: Back Door Man- The Doors.
terça-feira, 1 de maio de 2012
Produto em falta.
Tenho sido milhões de vontades e desejos.
Vivido de combustíveis que poluem a minha mente.
De prazeres que me deixam mais capitalista.
Tudo isso junto.
Um pouco temperado.
Um pouco sonorizado.
Só para disfarçar a falta que me faz todos os sentimentos que tinha por você.
Nada sobrou.
O que ficou foi o Vazio e eu o trato bem.
Não pensar não é problema, esta fácil não pensar, está fácil não sentir, está fácil passar pelos dias, está fácil dar um passo, mas não está fácil fazer tudo isso sozinha.
Não está tudo beleza, não esta tudo uma joia, mesmo não acreditando nas cores que colorem as atitudes de quem se ama, mesmo sendo tão feminista, tão centrada, mesmo não tento lápis de colorir, mesmo sendo objetiva. Tenho lá as minhas vontades de crer, vontade de se deixar levar, vontade de ser assim “igual a todo mundo” logo que sempre me senti diferente, sempre disse que comigo ia ser diferente, estarei desdenhando? Quero mesmo comprar?
Como disse está fácil de levar, uma oração ali e outra aqui, mais algumas horas de sabedoria..
Alguma coisa, que deve ser a minha FÉ, me leva e me guia, passa a mão sobre a minha cabeça e me diz “fica calma, fica tranquila”.
Antes era a agonia, saudade, poemas de amor, frases soltas sobre como isso me faz lembrar de você ou aquilo que dizíamos... Ou coisa e tal, tal e coisa...
Agora... Nada resta, nada lembra...