domingo, 18 de março de 2012

Esqueça... Esqueceremos então.

Tumblr_lwz9cgsb9q1qc4q9io1_500_large

Esqueça todas as coisas que eu te disse. Sabe? Eu disse querendo não dizer, mas eu disse, eu sei. Esqueça todas aquelas palavras de amor, esqueça a parte de vivermos juntos, me acostumar com as suas coisas, tomar o café da manhã ou minhas roupas junto com as suas. Esquece. Sempre faço isso, tem hora que as palavras me sufocam, minhas mãos parecem inchar, meu coração deseja explodir. E eu querendo fugir de mim, desse corpo que me prende, desse corpo e desses limites: famílias, amigos, compromissos, emprego, planos, sonhos, “ser normal”; então tudo isso me embriaga, me deixa puta, me faz querer escapar às vezes ou pelo menos de vez em quando. Mas eu já disse, esqueça. É que às vezes eu me pego só, e pra variar, penso em você, para concluir, penso e nós e então me pergunto “porque não? Porque não amor? Porque sim tantas outras coisas, mas nós, porque não?” O não com tantas possibilidades, porque não vamos ser felizes? Porque não vamos viver nossas vidas? Porque não, não tentar?... Esqueça tudo isto. Tudo isso e tudo aquilo que eu te mandei, tudo aquilo que rolou, esqueça-se dos beijos, das tardes de sexo, do meu cheiro, de nós e dos ‘não’. Esqueça. Pois eu sempre faço isso, tenho abstinência em dizer a verdade e quando fico muito tempo sem dizer, tenho minhas overdoses por dizer demais e tirar a máscara e mostrar o meu amor para você, me assusta, pois ao mesmo tempo em que me sinto forte e livre, sinto-me a centímetros de uma faca da desilusão. Esqueça amor. Esqueça.

Nenhum comentário:

Postar um comentário